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Alerj vota projeto de lei para criação de setor popular no Maracanã

29/08/2018 15h53

O pontapé inicial para a criação de um setor popular no Maracanã pode ser dado nesta quinta-feira. A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro vota nesta tarde um projeto de lei que autoriza obras no estádio visando a criação de setores "nos moldes da antiga geral", inclusive com a retirada das cadeiras.

O projeto é de autoria da deputada Zeidan (PT), com coautoria do deputado André Ceciliano (PT), presidente da Casa. Como justificativa, está a necessidade de reforçar os laços históricos do Maracanã "com as parcelas da população de menor renda", "muitas vezes afastado pelo processo de elitização do futebol".

O Projeto de Lei Nº 4260/2018 é autorizativo. Ou seja, se aprovado, ficará "autorizada, assim como a realização das obras de segurança, a retirada das cadeiras hoje existentes na parte inferior" do Maracanã, cabendo aos clubes e/ou consórcio responsável pela administração do estádio a determinação, por exemplo, de qual espaço (Norte, Sul, Leste ou Oeste) receberá o setor popular.

Caso o PL seja aprovada, as intervenções no estádio serão apenas com a finalidade de criação "de setores populares com ingressos mais baratos, nos moldes da antiga 'geral'".

Mesmo com a aprovação da Alerj, o Maraca não deve passar por intervenções antes de julho de 2019, quando o país sediará a Copa América. O Rio de Janeiro uma das cidades-sede. Para o torneio, exige-se que todos os lugares tenham assentos. Outras competições disputadas por clubes também têm tal exigência.

Segundo o LANCE! apurou, o Flamengo pretende pedir adiamento para adequar o projeto, uma vez que ele não trata dos assentos atrás dos gols, mas dos inferiores, não faz menção à lei anterior, que limita a quantidade de lugares sem assento, e também fala em preços de ingressos - o Rubro-Negro acredita que não devem ser tabelados, uma vez que são de decisão privadas das entidades responsáveis pelos eventos.

Já o Fluminense, que também tem um vínculo em vigor com o Maracanã, não se opôs às adequações desde que as normas do Corpo de Bombeiros sejam respeitadas.