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Cuca explica 'resgate' de Gabigol e pede paciência com Bruno Henrique

25/08/2018 18h46

Cuca detalhou o trabalho que tem feito para melhorar o rendimento de Gabriel pelo Santos. Na tarde deste sábado, o camisa 10 voltou a balançar as redes e deixou o comandante orgulhoso, além de garantir o quarto jogo seguido sem derrota no Alvinegro. Em contrapartida, pediu tranquilidade à torcida ao falar da fase ruim de Bruno Henrique, o camisa 11 vive um momento conturbado no clube. Com o resultado, o Peixe pulou para a 11ª colocação do Brasileirão.

- Quando cheguei, falei que era fácil tirar o Gabriel do time, mas trabalho não é esse, é recuperação. Passa por atitudes, atitude diferenciada em espaço de campo menor, com desgaste menor. Ele, às vezes, sai demais e faz falta no meio. Ele está respaldado, é um líder, foi nosso capitão merecidamente. Está com alto astral, momento bom, e que fique assim pelo menos até o fim do ano, melhorando ainda mais - analisou o treinador, e prosseguiu:

- Menino bom. É um prazer trabalhar com ele. Fiz o que eu deveria fazer, cobrei, expliquei que ele tinha que se posicionar melhor, falei da real posição. Disse que queria ser centroavante e trabalhamos para isso, só não dava para ficar de costas, ficou de lado. Respondeu bem, ficou no banco, deu para ter ideia da melhora sem ele ou se não fazia falta. Sai o peso dele. A gente não faz por querer, mas coisas se mostram. Voltou titular, rendeu bem e hoje foi nosso capitão. Sempre reivindicando as coisas para os companheiros.

Cuca ficou satisfeito com o rendimento da equipe, mas não tanto com Bruno Henrique, substituído no intervalo para a entrada de Bryan Ruiz. Mesmo assim, pediu paciência com o camisa 11 e não garantiu sua saída para a entrada de Derlis González no jogo desta terça-feira, contra o Independiente, pelas oitavas de final da Copa Libertadores.

- Tem jogadores que temos que ter paciência, nem todos ficam na mesma fase. Tem que entender o porquê. Por que não rende bem? Às vezes falta trabalho meu, triangulação maior, do outro lado tem mais. Pode ficar órfão de jogada trabalhada. Está pegando mano a mano? Temos que criar alternativas para ele. Foi um jogo complicado porque o Bahia tem quarteto de atacantes muito rápido e que não guarda posição. Se movimentam muito e confundem. E não dá para fazer isso com nosso time, então tem numericamente a posse de bola maior no setor ofensivo e toques rápidos que alertamos - ponderou, e completou:

- Tem dias que o jogo casa com o que planeja, tem que não casa. Dois atacantes na linha de quatro não deu certo, perdemos meio-campo e ficamos sem criatividade nenhuma. No segundo tempo, pela característica do jogo, melhorou com o Bryan Ruiz, um meia que deu uma equilibrada maior no setor. Pudemos fazer dois gols a vencer, que era o maior importante. Demos uma respirada boa no campeonato.

- O que é meu descanso agora é ir para casa, olhar 300 fitas, fita é ruim, né? Ver que maneira jogam. Times não jogam igual, de um jeito em casa e de outro fora. Tem que entender bem para entender o nosso, sabendo que precisamos vencer. É descansar trabalhando, com calma, e chegar a uma conclusão da melhor equipe. Mais importante é chegar com confiança, e precisávamos muito dessa palavra - finalizou, desconversando sobre o jogo terça-feira.