Jornal americano dá ênfase a confusão com dirigentes da CBF
O jornal The New York Times, tido como um dos mais importantes do mundo, publicou uma matéria, no último domingo, dando ênfase aos escândalos envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A notícia, que tem como título "Vidro quebrado, voto trocado: turbulência para a CBF", fala sobre o presidente da entidade e os episódios inusitados ocorridos desde o início da Copa do Mundo.
O NY Times citou, por exemplo, que o coronel Antônio Nunes foi criticado por alguns líderes do futebol sul-americano depois de quebrar um acordo coletivo. O combinado era que o dirigente votasse na candidatura tripla dos Estados Unidos, Canadá e México para palco da Copa do Mundo de 2026, no entanto, Nunes optou pelo Marrocos como futura sede.
O diário americano também relatou que o mandatário está ficando longe de funções oficiais, mantendo um perfil discreto. No entanto, a sua tentativa de evitar atenção falhou na madrugada da última sexta-feira. Isso porque um dia antes do Brasil jogar contra a Costa Rica, Nunes estava jantando em um restaurante de São Peterbusrgo, quando um brasileiro o avistou, proferiu insultos e acabou o empurrando.
Gilberto Barbosa, assessor do presidente, decidiu, então, responder, quebrando um copo de vidro na cabeça do torcedor. Giba, como é conhecido, foi funcionário da Federação Paulista de Futebol quando a entidade era presidida por Marco Polo Del Nero, hoje banido pela Fifa. O restaurante foi fechado mais cedo por conta do incidente. O homem foi atendido inicialmente no local mas depois compareceu a um hospital. Gilberto Barbosa, posteriormente, foi desligado da delegação que está na Rússia.
Nas palavras do jornal "o caos no restaurante foi um exemplo de como a CBF gera notícias indesejadas (...) Ainda assim, o status do Brasil, penta campeão do mundo, dá aos seus líderes um lugar especial cúpula do futebol, independentemente de suas autoridades cumprirem o papel que cabe a elas".
Nunes não quis conversar sobre o incidente no restaurante. O NY Times também publicou que Rogério Caboclo, eleito para substituir o atual presidente quando o mandato terminar, demonstrou preocupação em comentar a situação.
- Nós gostaríamos de ter controle sobre tudo, mas, no final, coisas como essas acontecem - disse Rogério.
O jornal americano descreve a CBF como uma entidade "praguejada por escândalos", e que dispõe de praticamente zero apreço ou confiança dos brasileiros.
O New York Times também escreveu que o episódio do restaurante, somado as reclamações da CBF sobre as decisões da arbitragem e o sistema de árbitro de vídeo (VAR) contrastam com a tranquilidade da Seleção Brasileira comandada por Tite.
O veículo americano relata que presidência de Nunes nasceu em meio a crise. Quando assumiu o cargo estava tapando o buraco deixado por Marco Polo del Nero, que tirou uma licença de quatro meses enquanto estava sendo acusado de corrupção nos Estados Unidos. Depois que Del Nero foi banido pela Fifa, Nunes, com 80 anos, assumiu permanentemente o papel.
Embora esteja nominalmente no comando da CBF, o jornal ressalta que quem tem o controle diário das operações é um grupo que inclui o secretário geral Walter Feldman e Rogério Coboclo.
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