Drubscky conta como aceitou convite do Coelho e diz que a relação pesou
O América-MG optou por uma solução mais simples. Ao invés de contratar um técnico, convidou o ex-diretor de futebol do clube Ricardo Drubscky para ser o novo treinador, após Enderson Moreira pedir a demissão e ir para o Bahia. O atual comandante declarou, em entrevista exclusiva ao LANCE!, que a decisão não foi aceita de imediato, mas que a relação com o clube pesou na hora da escolha.
- Confesso que ficamos três ou quatro dias conversando. Já tenho uma identificação muito grande com o América, como também com seus dirigentes, por já ser minha quarta passagem por aqui. Então tivemos boas conversas e acabamos chegando nesse acordo de assumir a função de treinador. Tenho dito que três fatores foram muito importantes para que tomássemos essa decisão: Primeiramente, o América queria. Eu também queria. O projeto também necessitava de uma continuidade, e não um rompimento. Por conta disso, as coisas fluíram bem - em entrevista ao L!.
Ricardo Drubscky também relatou que não há facilidade, mesmo estando a frente do clube. Ele exaltou a dificuldade do Campeonato Brasileiro, porém expressou confiança diante dos próximos jogos, depois da pausa da Copa do Mundo.
- Não creio que a dificuldade diminua. O Campeonato Brasileiro, por si só, já é muito pesado para qualquer equipe. A minha efetivação como técnico foi pensada justamente para que o projeto iniciado tivesse um andamento com alguém que já está dentro do Clube e tinha conhecimento e participação de todos os processos, juntamente com o Enderson e sua comissão técnica. Esse aspecto realmente pesou favoravelmente. Agora, não digo que daqui para frente fica mais fácil, mas, talvez, menos difícil que o caso de vir um treinador que precisasse de tempo para conhecer e se adaptar aqui. Não teremos facilidades porque o campeonato é muito difícil. Já vínhamos enfrentando algumas dificuldades, então vamos manter essa consciência e tentar evoluir como equipe jogo após jogo - relatou.
Mesmo estando na diretoria do América-MG, o novo treinador nunca se sentiu largado da função. Segundo ele, sempre participava das questões técnicas e relacionados ao campo, por isso se sente tranquilo para retornar aos gramados
definitivamente.
- Na verdade, eu nunca me senti largando a função. Meu cargo de diretor no América era extremamente ligado às próprias questões técnicas. Eu sempre estive muito envolvido com as questões de campo desde que assumi o cargo. Portanto, me sinto muito tranquilo em retomar de fato a função de técnico. Confesso que já vinha fazendo parte dos meus planos voltar a trabalhar como treinador. Meu trabalho recente como diretor se iniciou por eu ter aceitado um convite do América, aliada a uma necessidade que eu tive de retornar a Belo Horizonte, por questões particulares, há dois anos. Fico feliz por ter contribuído ao América da melhor forma possível nesse período e, agora, é focar ainda mais no trabalho de campo. Quero dar sequência ao projeto e, sem dúvida, estou muito motivado - concluiu.
Ricardo Drubscky dirigiu na Série A o Fluminense, em 2015, e o Atlético-PR, em 2013. No time paranaense, aliás, o técnico comandou o retorno à primeira divisão em 2012, com uma grande arrancada no segundo turno da Série B, e encerrou a passagem pelo clube com um expressivo aproveitamento de 65,7%.
A carreira de Ricardo Drubscky está estreitamente ligada ao América. Nas décadas de 90 e 00, o profissional teve passagens pelas categorias de base e profissional do Clube. Na base, Drubscky foi o técnico responsável pelo histórico título da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1996. Como Diretor de Futebol do Coelho, cargo que exercia desde outubro de 2016, ele contribuiu diretamente na reformulação e montagem do plantel americano que conquistou a Série B do Campeonato Brasileiro no ano passado, bem como na formação do plantel atual.
* Sob supervisão do editor Hugo Mirandela
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