Destino do dinheiro: como o Vasco vai usar o valor da venda de Paulinho?
Pela segunda vez em 2018, o Vasco vendeu uma cria da base. No início do ano, Mateus Vital se transferiu para o Corinthians. Nesta semana foi a vez de Paulinho acertar com o Bayer Leverkusen, da Alemanha. O valor da transação gira em 18,5 milhões de euros (cerca de R$ 77,7 milhões). O torcedor que pensa que o dinheiro da maior venda da história do Cruz-Maltino será investido em contratações está enganado.
O presidente Alexandre Campello explicou que o valor da venda de Paulinho será utilizado em diversas frentes pelo Vasco: colocar em dia os salários com os jogadores e funcionários e regularizar a situação fiscal do clube. Este segundo ponto, inclusive, tem papel fundamental para a obtenção de patrocínios por meio de estatais - a cúpula de São Januário mantém conversas com a Caixa Econômica Federal voltar a ser patrocinadora, mas esbarra pela falta de certidões negativas.
- Estamos quitando compromissos com os nossos atletas. A ideia é que a gente regularize algumas questões fiscais para que possamos fazer um planejamento e, ao mesmo tempo, ter como o Vasco tire proveito, trazendo ainda mais dinheiro ao caixa do clube. Quando você tem as certidões traz uma série de possibilidades de patrocínio e projetos. Com isso, conseguiremos outras fontes de arrecadação - explicou o presidente do Vasco.
Paulinho desembarcará na Alemanha no meio deste ano, quando completará 18 anos (faz aniversário em 15 de julho). O Vasco manteve 10% dos direitos do atacante na negociação. O montante da negociação pode chegar a 26,5 milhões de euros (cerca de R$ 111,2 milhões) em caso de metas alcançadas. Em futuras transferências de Paulinho, porém, o Vasco seguirá recebendo 10% do valor das negociações, além do dinheiro que tem o mecanismo de solidariedade da Fifa como referência, já que não vendeu ao clube alemão 100% dos direitos de sua cria.
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