Diretor da Roma justifica venda Salah: "Tínhamos um controle da Uefa"
Foi a primeira vez que Salah e Roma se reencontraram e certamente os torcedores italianos ficaram com saudade do egípcio. O atacante do Liverpool brilhou e marcou duas vezes, além de duas assistências, na goleada por 5 a 2 pela Liga dos Campeões, na última terça-feira. E muitos acreditam que o jogador poderia estar na Itália caso não fosse negociado, demonstrando esse grande futebol no seu ex-clube. O diretor esportivo da Roma, Ramón Rodríguez Verdejo, explicou o que levou a vender Salah.
Para a rádio espanhola "Onda Cero", o dirigente assume a responsabilidade e diz que a negociação do atleta ocorreu pelo fato do Fair Play Financeiro da Uefa.
"Quem vendeu Salah fui eu, tenho que assumir a realidade. O vendi por um pouco mais de 42 milhões de euros, mas há uma explicação. Nós tínhamos que vender sim ou sim antes de 30 de junho, e se não tivéssemos feito, não estaríamos nestas semifinais. Tínhamos um controle da Uefa muito exigente e havia a necessidade de vender. Quando cheguei, habia uma oferta de 30 milhões, e praticamente chegamos aos 50 milhões com bônus. Era o que podíamos fazer", afirmou.
Salah se tornou o africano mais caro da história. Foi vendido pela Roma no começo dessa temporada (2017-18), por 42 milhões de euros e mais oito milhões de bônus. Por conta da transferência de Neymar, que se transferiu para o PSG por 222 milhões de euros, o preço de todas as transferências subiram, por conta disso, quando Salah foi contratado, a imprensa inglesa apontou a negociação como um investimento significativo do Liverpool, sendo considerado uma grande oportunidade de negócio. O jogador de 25 anos está brilhando na Inglaterra e clubes como o gigante Real Madrid já demonstraram interesse em seu futebol.
"Evidentemente, o mercado ficou louco com Neymar, Coutinho e Dembelé. E depois o jogador fez uma temporada magnífica. Portanto, parabéns ao Liverpool por tê-lo comprado. Nós não tínhamos outra solução, pois ele queria ir e tínhamos que fazer isso antes de 30 de junho. Lamentavelmente, hoje sofremos por sua qualidade. Não descobrimos hoje. Eu já sofri com ele no Sevilla, quando jogava na Fiorentina, e é um jogador muito forte", finalizou Ramón Rodríguez, dirigente que ganhou fama pelo trabalho desenvolvido no Sevilla e também na Roma.
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