De volta, Domingos lembra vida no Qatar: "Se batesse no treino, ia preso"

Mais de cinco anos depois, o zagueiro Domingos está de volta ao futebol brasileiro. Sua passagem pelo Santo André começa efetivamente às 19h30 desta quinta-feira, no jogo contra o Palmeiras, no Allianz Parque. E ele diz que está bem diferente depois da longa passagem pelo Al-Kharitiyath, do Qatar.
"Ganhei muito conhecimento. Estive em um país de uma cultura rica e única. Você aprende a ter maior controle das ações e a encontrar as melhores alternativas para solucionar os problemas", explica o defensor de 32 anos, que não podia usar toda a sua virilidade no Qatar:
"Os atletas de futebol do Qatar tem outras profissões. No time em que eu jogava, tinha policiais. Os jogadores trabalhavam de dia e jogavam à noite. Se eu desse porrada no treino, eu ia preso", afirmou.
No Santos, no Grêmio, na Portuguesa, no São Caetano e no Guarani, Domingos ficou conhecido por ser um "zagueiro-zagueiro". Às vezes, passava do ponto. Sua discussão mais famosa foi com Diego Souza, em um Santos x Palmeiras de 2009, quando entrou no segundo tempo, provocou o adversário, brigou com ele e foi expulso sem tocar na bola.
Contratado pelo São Paulo, Diego Souza também está de volta ao futebol paulista em 2018. Um reencontro entre os dois só será possível nos mata-matas, já que o Tricolor e o Santo André estão no mesmo grupo e não vão se enfrentar na primeira fase.
"Aquele episódio é algo que ficou no passado. Naquela ocasião cada um estava defendendo os interesses de seus clubes. O Diego Souza é um atleta de muito talento que respeito muito", minimizou Domingos, deixando aflorar o seu lado "paz e amor".
"Quando era mais jovem, eu tinha dificuldade para controlar o meu impulso. Muitas vezes, isso deixava uma má impressão sobre a minha pessoa. Mas, com o passar dos anos, mais experiente, as polêmicas vão ficando de lado", disse.
Mas não pense que ele está pretendendo mudar seu estilo de jogo. "De maneira alguma. Antes de sair do Brasil, eu era um zagueiro que chegava firme nos adversários, mas com lealdade e respeito. E não preciso mudar o meu estilo. Ele é único."
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