Cássio recebe Osmarzão e se inspira por título brasileiro pelo Corinthians
O Troféu Osmar Santos, dado pelo LANCE! ao campeão do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, serve de inspiração para Cássio ir em busca de mais um título da principal competição nacional pelo Corinthians. O goleiro, é claro, almeja manter o retrospecto do Timão: nas três vezes em que terminou o primeiro turno na liderança, em 2005, 2011 e 2015, levantou a taça do Brasileirão no fim da temporada.
- Com certeza é inspirador. Espero que continue assim de ser campeão no primeiro e terminar com o título. Temos de trabalhar, sempre com empenho e respeito aos adversários, porque ainda falta muito. Vamos continuar com esse pensamento de ir jogo a jogo para nos recuperarmos nesse segundo turno e confirmarmos esse título - afirmou Cássio, em entrevista exclusiva ao LANCE! antes de receber o Osmarzão.
Após fazer o melhor primeiro turno da história do campeonato com 20 clubes, com 47 pontos e invicto, o Corinthians não iniciou bem a segunda parte do Brasileirão. Nos quatro primeiros jogos do returno, foram três derrotas e uma vitória, mas Cássio confia na retomada dos bons resultados a partir deste domingo, quando o Timão recebe o Vasco, na Arena, pela 24ª rodada.
- Sabemos aonde queremos chegar, qual é o nosso objetivo. Também sabemos que caímos um pouquinho nos jogos. Felizmente os adversários tropeçaram também, então é ir em busca dos pontos. Temos de voltar a ganhar em casa, não pode perder mais pontos em casa, e tentar pontuar fora. Precisamos voltar a ser um time regular. Com trabalho e humildade, vamos conseguir retomar as vitórias - analisou o goleiro.
Cássio confia na retomada do Corinthians principalmente por conta da união do grupo. Para o goleiro, que está no clube desde 2012, o elenco atual é o mais unido com que já trabalhou.
- Aqui sempre foi muito forte a união. Todos os grupos foram sensacionais, mas confesso que esse é um pouco diferente dos outros, acho que a união é mais forte. Nós conversamos bastante, tem uma boa mescla com jogadores novos, e o entendimento e respeito são muito grandes. Não sei o que vai acontecer até o fim do ano, mas esse é o melhor ambiente de união que já trabalhei aqui - destacou Cássio.
Durante os cerca de 25 minutos de entrevista exclusiva, o goleiro falou sobre sua fase especial no Corinthians, chegada à Seleção e as críticas que a equipe sofreu neste início de segundo turno. Confira:
Qual foi o jogo mais importante para o Corinthians ganhar o primeiro turno?
É difícil de falar assim agora. Foram muitos jogos difíceis, e nos superamos. Acho que o jogo contra o Grêmio, que era confronto direto, o clássico contra o Palmeiras, teve também o clássico contra o São Paulo... Teve uma série de jogos que ajudaram a equipe a ser campeã no primeiro turno.
Como acha que a equipe saiu de contestada para ser líder do Brasileirão?
Muitos jogadores do elenco não foram contestados no começo do ano. Jogadores que teoricamente não tinham expressão, falavam que não iam dar certo... Muitas vezes as pessoas esquecem como falavam do Corinthians. Não é questão de preço do jogador, sem querer desmerecer. Acho que é envolvimento e a vontade do jogador de querer estar no grupo. Não é fácil vestir a camisa do Corinthians, e muitos jogadores conseguiram dar resposta e ajudar a equipe. Eu mesmo quando cheguei em 2012 fui muito contestado, e eu entendo porque não era um jogador conhecido, só era conhecido no Sul por ter jogado no Grêmio, depois fui para a Holanda e joguei pouco, mas agarrei a oportunidade e tenho conseguido evoluir.
Como foi a mudança em relação a 2016?
Se você for pegar o time que tínhamos no ano passado, de repente tivesse mais qualidade do que o deste ano. Mas a mentalidade dos jogadores que estão aqui este ano faz muita diferença. Os que chegaram se adaptaram ao estilo do Corinthians, e isso é fundamental para as coisas darem certo.
Agora em relação ao segundo turno, como o grupo encarou as críticas após as derrotas?
Não estamos contentes com os resultados, mas acredito que em alguns momentos muita gente se aproveita para falar. Cabe a nós termos a nossa opinião, nós não mudamos com esses resultados, a confiança e o jeito de trabalho continuam os mesmos. Tudo continua inabalável. Estamos sujeitos a ganhar ou perder. Nunca falamos que nossa equipe era invencível. Lógico que sempre queremos ganhar, mas infelizmente não conseguimos nos últimos jogos. Não é por falta de vontade e dedicação. Assim como quando vínhamos ganhando e pensávamos em melhorar, agora também temos de ter esse pensamento, ver onde pode melhorar, esse é o caminho. Não dá para fazer uma bola de neve gigantesca por causa dessas derrotas. Temos confiança no grupo e sabemos aonde queremos chegar.
Por que acha que a equipe perdeu?
É um conjunto. Quando ganhamos, sempre pensamos no conjunto, e não porque o ataque fazia gols e a defesa não sofria muitos gols. Acho que agora não conseguimos os resultados por causa do conjunto, e não achar que o culpado é esse ou aquele.
Sobre a sua fase, "mudança" foi a principal palavra para te definir em 2017?
Foi e é. Mudança tem de sempre acontecer, tem que sempre reciclar, evoluir e crescer. Com apoio da família, amigos e principalmente da minha noiva, pude fazer isso. Acho que o que está acontecendo na minha carreira não foi só por causa da pré-temporada, veio de antes até. Vou trabalhar muito para que não seja só neste ano, buscar sempre tentar ser melhor.
E como encarou sua ida para a Seleção?
Se for pegar meus números, acho que fiz por onde estar na Seleção. Não caí de paraquedas ou porque o Tite foi meu treinador aqui. Acho que é mérito do trabalho, quem está aqui sabe o quanto me dedico para as coisas acontecerem.
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