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Leila Pereira lança candidatura no Palmeiras com show da Mancha

22/01/2017 11h59

Leila Pereira vai lançar sua candidatura ao Conselho Deliberativo do Palmeiras na quarta-feira que vem, dia 1º. A dona de Crefisa e Faculdade das Américas, empresas patrocinadoras do clube, realizará um jantar para convidados em um hotel em São Paulo, com direito à apresentação da escola de samba Mancha Verde, que já declarou apoio a ela no pleito.

Crefisa e FAM, inclusive, aparecem como empresas parceiras no site da escola, que tem ligação, hoje mais distante, com a torcida uniformizada Mancha Alviverde. Tanto a escola quanto a organizada não tinham relação com o ex-presidente do Palmeiras, Paulo Nobre.

Nobre teve problemas também com a patrocinadora do clube. Antes de deixar a presidência, tentou impugnar a candidatura de Leila, alegando que ela não era, como diz, sócia desde 1996 e por isso não teria condição legal de concorrer ao Conselho Deliberativo. Mustafá Contursi, ex-presidente e figura muito influente nos bastidores do Verdão, pediu para que Maurício Galiotte reavaliasse o caso, pois diz ter dado a ela o título de sócia-benemérita há 20 anos. A resposta ainda não foi oficializada, mas o atual presidente vai autorizar a participação de Leila, afastando-se ainda mais do antecessor.

Embora primeiro vice e braço direito de Nobre por quatro anos, Galiotte tem se mostrado bem diferente na forma de comandar o clube. Os dois já tiveram divergências na relação com as uniformizadas, que Maurício pretende melhorar, e no tratamento com a eleição de Leila. Por conta das diferenças, os dois já não estão se falando.

Leila, enquanto isso, é candidata ao CD pela chapa "Palmeiras Forte", comandada justamente por Mustafá Contursi. A eleição acontece no dia 11 de fevereiro e é feita por sistema proporcional: quanto mais uma chapa receber votos, mais cadeiras conseguirá ocupar. A expectativa para esta eleição é de que 25 votos sejam necessários para eleger um candidato, mas a dona da Crefisa deve receber mais de uma centena de votos.

Ao mesmo tempo em que ocorre o imbróglio político, o contrato entre Palmeiras e Crefisa/FAM venceu nesse sábado. Há uma cláusula no contrato de que as partes podem negociar até um mês após a data a renovação - a expectativa é de que um novo acordo seja oficializado apenas depois da eleição para não relacionar o novo acordo com a votação.

No início do ano, as empresas já adiantaram pouco mais de R$ 25 milhões, que ajudaram a comprar metade dos direitos de Dudu, Alejandro Guerra e 40% dos direitos de Fabiano. O repasse demonstra ser mera formalidade o fim da negociação, pois Palmeiras e Crefisa provavelmente renovarão o acordo, que hoje rende ao clube R$ 78 milhões por ano (R$ 66 milhões de patrocínio e R$ 12 milhões pelos gastos com Lucas Barrios).