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Falcão fecha treino e reclama dos protestos da torcida

22/07/2016 15h52

Quando foi apresentado, há pouco mais de uma semana, o técnico Falcão deixou no ar a possibilidade de fechar o treino quando fosse necessário. E esse momento parece ter chegado.

Na atividade desta quinta-feira, cumpriu. No treinamento da manhã desta sexta-feira, idem. A comissão técnica apontou que o fechamento se deu para que o time treine jogadas ensaiadas.

Apesar dos fechamentos, o time que deve ir a campo contra a Ponte Preta deve ser o mesmo que a imprensa viu pôde ver no treino da última quarta-feira: Danilo Fernandes; Fabinho, Paulão, Ernando e Geferson; Fernando Bob, Anselmo, Gustavo Ferrareis e Valdívia; Eduardo Sasha e Vitinho.

Blindagem

Mas também há outro motivo: blindar o elenco. Ao longo desta semana, os torcedores espalharam faixas demonstrando indignação por toda a cidade, além da realização de protestos. Depois da derrota para o Palmeiras, um grupo de torcedores chegou a arremessar pedras nos carros de alguns atletas. Entre eles, o do zagueiro Paulão.

O camisa 25 destacou que apesar dos resultados, o s jogadores colorados vem se empenhando. Ele também afirmou que aceita qualquer tipo de protesto desde que eles sejam pacíficos. Por fim, disse que tal atitude não faz parte da conduta de um torcedor bem intencionado.

- Violência gera violência. Se você protesta é preciso ter motivos. Se acha que há vagabundo, mercenário, marginal, é preciso estudar a história de cada um. Estamos aqui correndo, faça chuva, sol. A manifestação será favorável se vier em paz. Não ao arranhar carros, como fizeram com o meu e o de outros. Com educação ouviremos. Ninguém quer ficar nessa situação, não há ninguém de bobeira. A responsabilidade é grande por trabalharmos para milhões de pessoas que precisamos deixar felizes, mas não é com violência. Isso não leva a nada. Isso não é coisa de torcedor. Não acho que seja torcedor quem faça isso.

- Em vez de nos apoiarem, estão atrapalhando. Em casa com minha filha penso no trabalho, na responsabilidade, como o jogo do final de semana. Não será um cuspe, um arranhão, um foguete que nos diminuirá. Só cabe a nós mudar a situação. Não estamos aqui à toa. Precisamos deixar de lado e trabalhar para sair dessa situação complicada.", completou o defensor.

O técnico recém chegado Paulo Roberto Falcão também falou sobre o assunto e mostrou que o seu pensamento foi ao encontro do zagueiro.

-Eu endosso o que o Paulão falou. Isso não ajuda. O Inter está pressionado. Não há como negar. Meu trabalho é tentar aliviar. O treino fechado já estava programado. Os jogadores não estão com receio. Mas isso não ajuda. Só piora, para que fique claro. Cria uma tensão ainda maior. Não é com uma manifestação mais agressiva que o time jogará melhor. Ninguém sofre mais que o jogador. Quando não vem o resultado, ele não sai de casa para evitar o atrito.