Carpini fala sobre possíveis reuniões da diretoria com outros treinadores: "Quero acreditar que não"

Thiago Carpini comentou sobre os dias de extrema pressão que vem vivendo como treinador do São Paulo após a derrota para o Flamengo, nesta quarta-feira, pelo Campeonato Brasileiro. Vendo sua demissão sendo dada como certa em muitos veículos de comunicação, o comandante tricolor não escondeu o abatimento com tudo o que vem tendo de lidar, mas prefere crer que a diretoria não está agindo de forma desrespeitosa pelas suas costas.

Conforme apurado pela Gazeta Esportiva, a alta cúpula são-paulina tem se reunido com alguns treinadores para saber da possibilidade de eles aceitarem uma proposta para assumir a equipe no lugar de Thiago Carpini. Muitos dos profissionais ouvidos, entretanto, negaram as investidas do clube, dificultando a tarefa da diretoria para substituir o atual técnico.

"Se a diretoria vem conversando com outros nomes, eu não sei. Quero acreditar que não, porque sempre tivemos uma relação de respeito, de ambas as partes. Não teria problema nenhum a diretoria me comunicar, pôr um ponto final, se posicionar. A partir do momento que isso não acontece, prefiro imaginar que isso não esteja acontecendo, até porque o clube tem um auxiliar da casa, poderia conduzir de outra maneira", disse Carpini.

A manutenção do treinador está praticamente fora de cogitação, sobretudo pelos resultados e desempenho ruins recentes. Além de ter perdido na estreia na Libertadores, o São Paulo ainda não venceu no Campeonato Brasileiro, somando duas derrotas nos primeiros dois jogos na competição.

"Procuro fazer meu melhor por mim mesmo, tenho a minha responsabilidade, meu respeito à instituição, ao torcedor, ao grupo de atletas que sempre me abraçou. Em relação ao noticiário, mídias sociais, acompanho muito pouco. Tudo chega porque tenho o pessoal que trabalha com isso. Sou bom no que faço, mas erro muito, como todos. Ainda mais pela minha idade. Muitos falam que meus erros podem ser atrelados à minha idade, mas vejo pessoas mais velhas errando da mesma maneira. Eu não me preocupo com isso, me preocupo em melhorar aquilo que temos todos os dias como oportunidade", prosseguiu.

Em três meses de trabalho, Thiago Carpini disputou 18 jogos como treinador do São Paulo, somando sete vitórias, seis empates e cinco derrotas - aproveitamento de 50%. O treinador foi campeão da Supercopa Rei em cima do Palmeiras e quebrou o longo tabu na Neo Química Arena, vencendo o Corinthians, mas desde então passou a colecionar resultados e atuações frustrantes.

"Enquanto eu não for comunicado de nada, eu me sinto respaldado. Tudo o que a gente ouve é especulação. É compreensível. Muita coisa da imprensa, tentando descobrir o que acontece, se é ou não é. Nunca mudei minha maneira de ser. Tento sempre fazer meu melhor, representando a instituição, a mim mesmo, enquanto estivermos à frente do projeto. O respaldo dentro daquilo que a gente imagina que possa ou não acontecer eu me sinto respaldado do que pode ou não acontecer. Derrota sofrida, sequência difícil, momento delicado, mas mais uma vez valorizo o que os atletas entregaram dentro de campo. Ferreira voltou hoje, não sei se tinha 100% de condições de atuar, mas se dispôs e ajudou. Ninguém me dá respaldo. Meu respaldo eu que crio, é o meu trabalho, minha autoestima, minha maneira de ser. Respeito ao meu trabalho, aos meus princípios. As pessoas têm extrapolado demais, mas mesmo assim sigo tranquilo e trabalhando dentro das minhas convicções", concluiu.

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