Willian celebra reformulação do Santos, exalta Carille e mira título do Paulistão: "Pensar grande"

Após o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Santos se reformulou e contratou, além do técnico Fábio Carille, 14 jogadores. Entre eles, está Willian Bigode. O experiente atacante chegou como uma aposta da diretoria para trazer experiência ao elenco, seja dentro ou fora de campo.

Em entrevista exclusiva para a Gazeta Esportiva, o jogador de 37 anos falou sobre esse processo de reconstrução e celebrou a oportunidade.

"É um motivo de muita alegria, agradecer a Deus a oportunidade de jogar em um grande clube, de fazer dessa reconstrução. Agradeço a toda diretora, comissão e estafe. Todos foram muito bem recebidos, isso facilita para quem chega no clube. Estou muito feliz por esse grande desafio da minha carreira e poder fazer parte dessa reconstrução. Acredito que quando você tem essa alegria, uma convicção dentro de você, tudo facilita muito para as coisas fluírem", disse.

E as mudanças estão surtindo efeito. O Peixe tem a melhor campanha do Campeonato Paulista até o momento. Em nove rodadas, são seis vitórias, um empate e duas derrotas, além de 13 gols marcados e sete sofridos. Com isso, o time lidera o grupo A, com 19 pontos.

Na visão de Willian, o bom clima no vestiário está sendo crucial para essa boa fase alvinegra.

"Os atletas que permaneceram nos receberam muito bem. É legal ter esse entendimento, todos que chegaram têm esse respeito e é recíproco. Todos entenderam que os reforços chegaram para somar força, sabendo desse momento de reconstrução. São apenas dois meses de trabalho, você vê um ambiente de muita leveza, trabalho e respeito. É uma disputa sadia entre nós e de muita competitividade, é uma dor de cabeça boa para o Carille", contou.

"Quem está saindo do banco entra com o mesmo apetite de quem estava em campo. Isso é bom para a equipe. Sabemos que tem muita margem para evolução, crescimento durante o ano. O mais importante é remar para o mesmo objetivo e com muita alegria. É um ambiente muito legal, muito leve, respeitoso. É isso que temos que levar, não podemos perder essa alegria e disputa sadia interna", ampliou.

Além disso, o atacante destacou a importância de todos remarem para o mesmo sentido nesse momento, incluindo a torcida.

"Acredito que é tudo muito novo e assustador quando você passa por uma queda dessa. Fica uma marca na história do clube. O torcedor e as pessoas aqui dentro sentiram muito. Mas o futebol não dá tempo para você mastigar a derrota, esse rebaixamento, já se inicia um novo ciclo, uma mudança muito grande, uma nova gestão, um presidente com muita bagagem e experiência. É uma reformulação. Tudo isso que engloba essa boa gestão, esses atletas bem selecionados, os atletas que ficaram entendendo esse processo de reformulação...tudo englobou vários pontos positivos. O principal é a nossa dedicação no trabalho", disse.

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"Claro que tem muita margem para a gente crescer como time, coisas que o Carille quer implementar. Tem coisas para reajustar, mas é bom quando o resultado aparece. Às vezes não conseguimos jogar tão bem, mas foi na vontade, união e superação que a vitória veio. Tudo isso facilitou a forma como fomos recebidos e essa reconstrução. O torcedor ainda está nessa expectativa e isso é muito importante, eles abraçarem o nosso time, entenderem esse processo. Em um momento o outro vai ter derrota, mas é um time competitivo, com muita sede para vencer e levar o Santos para onde ele merece. Vai ser uma ano muito importante e que a gente venha a honrar essa camisa o máximo que conseguir. Está todo mundo no mesmo barco, remando para o mesmo lugar. A torcida também vai fazer toda diferença, temos que unir forças", completou.

Dá para sonhar?

Com o bom desempenho dentro de campo e a classificação antecipada para as quartas de final, os torcedores do Santos já começaram a pensar alto no Paulistão. Assim, a expectativa pelo fim do jejum de títulos cresce. O último troféu do clube foi em 2016.

Carille já deixou claro que gosta de levantar canecos, ainda mais quando se trata de Estadual. E os atletas compraram a ideia do comandante.

"Trata-se do Santos. É um clube de muita história, que é acostumado a vencer. Esse ano é um novo ano, com muitas mudanças. Todo mundo quer deixar o seu nome na história do clube. Sabemos que isso só acontece quando você se torna vencedor. Todos aqui sabem da capacidade que temos, o potencial do grupo. Não tenha dúvidas que temos tudo para almejar isso, poder ter essa conquista, mas vamos com o pé no chão. Vamos trabalhar para chegar cada vez mais forte para essas decisões e pensar grande, pensar como a camisa do Santos", comentou Willian.

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Relação com o professor

Depois de trabalhar com Carille no Corinthians, Willian está tendo a chance de voltar a dividir o vestiário com o treinador. E esse reencontro é visto com bons olhos pelo atacante. O atleta de 37 anos rasgou elogios ao técnico e sua comissão.

"Tive um papo bem objetivo com ele em relação a minha função dentro de campo, onde eu me sinto bem. Foi mais esse tipo de conversa que tivemos. Óbvio que sempre temos conversas objetivas, de como estamos nos sentindo e dando liberdade para a gente poder se posicionar e se expressar", pontuou.

"Tudo isso facilita para a gente crescer e evoluir. Quando você está de fora você também observa o que pode melhorar. É uma comissão que dá essa liberdade. Estou muito feliz, todos estão se sentindo bem. É um treinador, um cara muito humano que dá tranquilidade e liberdade para a gente trabalhar e desfrutar dentro de campo", ampliou.

Bigode, aliás, é um homem de confiança do comandante. Não à toa, ele esteve nos nove jogos que o Santos disputou em 2024, sendo cinco entre os titulares. Neste período, ele foi utilizado em diversas funções e apontou à reportagem onde se sente mais confortável.

"Já joguei como centroavante, mas não sendo referência, preso. Quando eu jogo nessa função eu gosto de flutuar e me movimentar mais. Se eu ficar parado eu vou sofrer no contato físico. Eu sempre falo com meus companheiros quando jogo nessa função que quando eu sair para flutuar e atrair marcação, vai criar espaço nas costas deles. É importante nosso ponta fazer essa movimentação, o facão", disse.

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"Me sinto muito bem também quando jogo com o Furch ou Morelos e posso flutuar. Gosto de estar próximo na jogada de um dois, tabelar com eles. Não sou meia de origem, mas tenho capacidade e técnica para jogar. Estou à disposição para jogar quando tiver a oportunidade", completou.

Atenção dobrada

Por fim, Willian falou sobre a Série B do Campeonato Brasileiro. O atacante já teve a oportunidade de disputar o torneio e destacou a alta competitividade.

"O futebol só evoluiu e cada vez está mais competitivo. A qualidade sempre está se elevando, A minha última Série B foi em 2010, pelo Figueirense. Tenho boas lembranças. É um campeonato muito difícil, competitivo. A gente sabe que hoje só com a camisa do Santos não vamos vencer os jogos. Vai ter que ter muita entrega, inteligência e união. Esses são os ingredientes básicos", contou.

"É um nível muito igualado, já vimos no Paulistão. São times competitivos que vem jogar de igual para igual. Se você vacilar, você é surpreendido. Já estamos tendo o entendimento do que vai ser. Temos que ser aguerridos e manter em prática essa essência que o Santos tem, esse futebol alegre para fazer a diferença e vencer os jogos", finalizou.

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