Cabo da PM é indiciado por suspeita de matar são-paulino na final da Copa do Brasil

A Polícia Militar enfim chegou a uma conclusão sobre o inquérito do torcedor do São Paulo que foi morto durante as comemorações do título da Copa do Brasil, nas imediações do MorumBIS, em setembro do último ano. A investigação da PM foi encerrada em dezembro e chegou ao nome de Wesley Carvalho Dias da Silva.

Wesley, que era cabo da Cavalaria da PM, teria disparado o tiro que matou Rafael dos Santos Tercilio Garcia, torcedor do Tricolor. Ele foi indiciado sob suspeita de homicídio culposo (quando não há intenção).

Rafael, de 32 anos, era surdo e foi a óbito por conta de um traumatismo crânio-encefálico. O laudo preliminar diz que o homem foi atingido por uma bean bag (em tradução literal, "saco de feijão"), munição utilizada pelos PMs em substituição às balas de borracha.

O cidadão, que era integrante da Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, estava vestindo um boné na cabeça, que foi perfurado pelo projétil. Ele foi encontrado morto pelos policiais após uma confusão nos arredores do MorumBIS. De acordo com a PM, os são-paulinos tentaram invadir a área de isolamento do estádio, onde a equipe jogava a final da Copa do Brasil, contra o Flamengo.

O advogado da PM, João Carlos Campanini, discordou do resultado da apuração e afirmou que não houve "nenhum ato de negligência, imprudência ou imperícia no uso do armamento".

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o documento com o indiciamento já foi encaminhado para o Poder Judiciário. Apesar de encontrar um suspeito, no caso, Wesley Carvalho, o caso segue sem conclusão.

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