Agente de Caio Paulista nega deslealdade e critica diretoria do São Paulo

O São Paulo está na iminência de perder o lateral esquerdo Caio Paulista. O clube entrou em desacordo com o atleta depois de ver o rival Palmeiras atravessar o negócio que era dado como certo no Morumbi.

O empresário do jogador, Eduardo Uram, se manifestou sobre o assunto pela primeira vez e criticou a diretoria do clube tricolor. O agente negou que ele ou Caio tenham sido desleais com o São Paulo e disse que a equipe demorou para progredir nas negociações com o Fluminense, dando a impressão de que "não queria comprar o ala".

Não é do jeito que está sendo divulgado. Desde julho já havia sido viabilizado junto ao Fluminense um modelo de pagamento que atendia ao que o São Paulo desejava. Mas o São Paulo nunca progrediu, nunca confirmou que faria do jeito que havia sido renegociado com o Fluminense. A nossa sensação era que o São Paulo não queria comprar o Caio Paulista

Eduardo Uram ao jornalista Venê Casagrande

"O São Paulo adotou uma estratégia de frieza e de levar o assunto ao limite, tentou envolver discussão de créditos antigos e até troca de jogadores, o que complica demais um novo acordo. O contrato (entre os clubes) claramente previa como condição para o exercício da compra o pagamento à vista do valor estipulado. Apenas no finalzinho do dia limite, enviaram ao Flu um e-mail, o que todos sabiam que não bastava para realizar a compra", acrescentou.

Eduardo Uram ainda atacou a direção do São Paulo por "terceirizar a culpa". Ele afirmou entender que os esforços para que Caio continuasse no Morumbi vinha partindo apenas do seu lado. Por esse motivo, o jogador decidiu ouvir as propostas de outros times. Questionado sobre o futuro do atleta, o agente desconversou.

"O e-mail do São Paulo dizia que a própria diretoria ainda estava estudando as condições de pagamento. E o mais importante, em relação ao contrato do Caio, nunca atenderam as demandas para o novo termo, que eram justas. O São Paulo só voltou a nos procurar dias após o 15 de dezembro (data limite para exercer a opção de compra), e nessa altura o nosso entendimento junto com o Caio era de que após cinco meses de conversas, os esforços vinham apenas do nosso lado", declarou.

"Então, com essa incerteza, Caio nos pediu para escutar o mercado. O próprio São Paulo reconhece que conduziu a negociação de forma extremamente dura, mas acredito que visualizaram o tema como se fosse um jogador que não teria outra opção", concluiu.

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