Arthur Elias analisa evolução da Seleção feminina e aposta em jogo "equilibrado" contra o Japão

Um dia antes do primeiro amistoso contra o Japão, o técnico Arthur Elias concedeu entrevista coletiva. A Seleção Brasileira feminina recebe as japonesas nesta quinta-feira, às 15h15 (de Brasília), na Neo Química Arena - estádio com o qual o treinador está acostumado por seu tempo no Corinthians.

Nesta quarta-feira, Arthur Elias analisou a evolução do Brasil feminino sob seu comando. Essa é a terceira data Fifa do profissional trabalhando na Seleção. A primeira aconteceu sem amistosos, enquanto a segunda reservou dois duelos contra o Canadá, com saldo de uma vitória e uma derrota.

"Aproveitamos muito todos os dias. Fizemos algumas observações de atletas diferentes em cada convocação, e essa também será uma oportunidade para observar novas jogadoras e um outro sistema de jogo. Mas queremos, principalmente, manter a característica que eu tenho passado para elas desde o início, que é uma Seleção que faça um jogo com mais imposição. Que consiga pressionar mais, não deixe os adversários jogarem, que consiga trabalhar melhor a posse de bola e que essa posse reflita em chances de gols", declarou o comandante.

O técnico complementou ressaltando o bom ambiente fora dos gramados: "Acredito que a seleção japonesa irá nos testar de uma maneira diferente do que foi contra a seleção canadense. Isso é muito importante para essa evolução do trabalho. Mas, para mim, não é só dentro de campo. A construção do nosso ambiente e da mentalidade é algo em que eu também vejo uma evolução nas convocações feitas até aqui".

Arthur Elias também projetou o primeiro amistoso contra o Japão e destacou que os dois times farão duelo "muito equilibrado".

"Podem esperar um jogo muito equilibrado, com duas equipes que vão querer ficar com a posse de bola, um jogo altamente técnico e com muitos duelos individuais. Tem tudo para ser um grande confronto. Sabemos que vamos enfrentar um grande adversário. O Japão é uma grande seleção, mas o Brasil também é. É uma Seleção que precisa conquistar resultados melhores, e é para isso que eu estou aqui", apontou o profissional.

Arthur Elias ainda revelou qual foi seu pior momento no comando da Seleção feminina até o momento, além de ter ressaltado o DNA ofensivo do futebol brasileiro.

"O segundo tempo do segundo amistoso contra o Canadá foi o meu pior momento com a Seleção. Esses momentos ruins fazem parte justamente da evolução que eu comentei. São pontos de atenção que precisamos melhorar em termos de postura, conexão, de reações rápidas entre uma fase e outra do jogo. Está no nosso DNA ser uma Seleção ofensiva. As jogadoras são assim, elas nasceram querendo fazer gols, querendo driblar. O desafio é sempre fazer isso de forma organizada e com conexão", afirmou Elias.

O treinador completou: "Esse é meu principal trabalho, e está sendo feito. Eu não tenho nenhum problema em trocar os sistemas, mas eu não troco o modelo de jogo. Não abro mão das jogadores entenderem suas funções em campo, as suas associações e responsabilidades. O sistema é só uma questão que nos ajuda a encaixar as táticas usadas pelos adversários e a deixar a Seleção mais imprevisível".

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Depois do primeiro amistoso contra o Japão, o Brasil ainda terá mais dois duelos em solo paulista. Neste domingo (03/12), a Seleção volta a enfrentar o Japão, às 11 horas, no Morumbi. O último compromisso acontece no dia 6 de dezembro, contra a Nicarágua, às 18 horas, na Fonte Luminosa, em Araraquara.

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