Quase 'lei do próximo' e abraço de Abel: o 1º teste de Rômulo no Allianz

O meio-campista Rômulo, do Novorizontino, teve um encontro agitado com o Allianz Parque antes de reforçar o Palmeiras.

Coração e cérebro do time

O camisa 10 do Novorizontino teve a missão de superar o seu futuro clube na semifinal do Paulistão. Destaque do time do interior de São Paulo, ele foi anunciado pelo Alviverde há cerca de um mês, mas só se juntaria ao grupo após o fim do Estadual. O destino fez com que o reforço viesse a ser adversário valendo uma vaga na final.

Se existe a "lei do ex'", o jogador de 22 anos quase inaugurou a "lei do próximo" na partida. Aos 17 minutos do primeiro tempo, com o placar ainda zerado, ele isolou um chute na entrada da área. Sem acreditar na chance perdida, levou as mãos ao rosto enquanto lamentava. Também saiu dos pés dele a cobrança de escanteio o que poderia ser a assistência para o gol de cabeça de Neto Pessoa, mas Weverton defendeu.

Rômulo, do Novorizontino, e Endrick, do Palmeiras, em ação na semi do Paulistão
Rômulo, do Novorizontino, e Endrick, do Palmeiras, em ação na semi do Paulistão Imagem: Vinicius Nunes/Ag. Estado

Principal arma ofensiva, Rômulo infernizou pela esquerda e ditou o ritmo do time. Ele era a válvula de escape e responsável por orquestrar a equipe em campo. O meia chamou as ações para si, arriscou chutes de longe e partiu em jogadas individuais, complicando a vida dos defensores palestrinos do lado direito, seus iminentes companheiros.

Ele teve um primeiro tempo bom, mas caiu de ritmo e teve uma atuação discreta após o intervalo — e o desempenho do Novorizontino desabou. Comandada por Rômulo, a equipe visitante impôs pressão ao Palmeiras na etapa inicial e teve as principais oportunidades da equipe, só que não conseguiu manter a intensidade na reta final e viu a estrela de Endrick brilhar no fim. O camisa 10, que ficou alternando entre ponta e meia-atacante durante a maior parte do jogo, terminou atuando como volante. Mesmo cambaleante, ficou durante os 90 minutos.

Abraço e compaixão de Abel

Abel Ferreira e Rômulo após a vitória do Palmeiras sobre o Novorizontino, pela semi do Paulistão
Abel Ferreira e Rômulo após a vitória do Palmeiras sobre o Novorizontino, pela semi do Paulistão Imagem: Ettore Chiereguini/Agif

Rômulo e Abel Ferreira se cumprimentaram e conversaram após o fim da partida. Os dois trocaram um abraço no gramado e o treinador reservou algumas palavras a ele no pé do ouvido.

Continua após a publicidade

O técnico do Palmeiras destacou na entrevista coletiva a "situação difícil" em que o meia se encontrava. Segundo ele, o meia ficaria em uma posição complicada tanto se marcasse contra o futuro clube quanto se jogasse mal diante da torcida da casa.

Estava numa situação muito difícil para ele, na minha opinião. Se o jogador chegasse aqui e fizesse um ou dois gols, seria difícil para ele. Se jogasse mal, que não foi o caso, ia ser difícil para ele. Era uma posição muito difícil, mas mostrou caráter, profissionalismo e, na minha opinião, fez um bom jogo. Abel Ferreira, sobre Rômulo, em coletiva

Abel elogiou a atuação e disse que o reforço mostrou caráter e profissionalismo. O técnico completou que está esperando por Rômulo, mas frisou que não tem "grandes expectativas" com ele no início da jornada, enquanto se adapta à nova realidade.

A camisa do Novorizontino não tem o mesmo peso que tem a do Palmeiras. Vamos esperar por ele e vai chegar em uma equipe competitiva e vai ter que trabalhar muito primeiro para entrar e depois para poder ser um titular. Demos oportunidade de poder se justar ao nosso grupo, e agora vai depender dele, da adaptação dele, da nossa forma de jogar. Mas sem grandes expectativas, não crio muitas expectativas neste início, é esperar e tentar ajudar, mas todos veem que ele tem potencial e mostrou nessa competição. Abel Ferreira, sobre Rômulo, em coletiva

Deixe seu comentário

Só para assinantes