Tabu, Suárez e mais: por que jogo contra Argentina pode 'desafogar' Uruguai

O Uruguai tem um duro desafio nesta noite pelas Eliminatórias Sul-Americanas: a seleção de Marcelo Bielsa encara, a partir das 21h (de Brasília), a líder Argentina em um cenário pouco amigável e recheado de obstáculos.

(Quase) tudo contra

A primeira pedreira para os uruguaios está no palco do jogo: a Bombonera. O estádio de Buenos Aires é conhecido por "sufocar" os visitantes diante da pressão vinda das arquibancadas, localizadas bem próximas ao gramado.

A casa do Boca Juniors virou um oásis para a Argentina, que só perdeu duas vezes em 34 partidas atuando no local. Os tropeços, no entanto, ocorreram há mais de 40 anos e em dois amistosos: em 1971, contra a França, e em 1977, diante da Alemanha.

O momento da atual campeã do mundo também assusta: a seleção de Lionel Messi e companhia tem 100% de aproveitamento nas Eliminatórias e, líder, não sofreu um gol sequer nos quatro jogos disputados do torneio. Os comandados de Bielsa aparecem na 2ª posição, mas somam sete pontos — cinco a menos do que os rivais.

O retrospecto é outro fator negativo para os uruguaios, que não superam o adversário de hoje há mais de dez anos. A última vitória ocorreu em outubro de 2013, quando Suárez, Cavani e Cristian Rodríguez brilharam e decretaram o 3 a 2 sobre a equipe então treinada por Alejandro Sabella. Desde então, foram sete partidas, com cinco derrotas e dois empates.

Suárez comemora gol do Uruguai sobre a Argentina em jogo realizado em outubro de 2013
Suárez comemora gol do Uruguai sobre a Argentina em jogo realizado em outubro de 2013 Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Há, no entanto, uma boa notícia para os visitantes desta noite: e ela atende justamente pelo nome de Suárez. Maior artilheiro da seleção uruguaia, o atacante do Grêmio voltou a ser convocado — ele não defendia o seu país desde a Copa do Mundo de 2022 — e deve ser titular.

Bielsa também acionou outras figurinhas carimbadas no Brasil: Rochet (Inter), Bruno Méndez (Corinthians), Varela (Flamengo), Carballo (Grêmio), Arrascaeta (Flamengo) e Canobbio (Athletico) fazem parte da delegação sul-americana que tenta, diante de uma série de barreiras, escrever uma página importante em uma das principais rivalidades do futebol.

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