Alex Telles diz como é dividir vestiário com CR7: 'Gosta de brasileiros'

Cristiano Ronaldo, Cristiano, CR7, Robozão: muitas são as formas de chamar o craque português. Mas para Alex Telles é apenas Cris. A intimidade com um dos melhores jogadores de todos os tempos fica clara logo na primeira resposta do lateral de 30 anos em entrevista ao UOL (na íntegra, em vídeo). A parceria contribuiu para ele seguir os passos do atacante e trocar a Europa pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita, decisão da qual ele não se arrepende. E que pode ser trampolim para realizar o sonho de voltar à seleção brasileira e, quem sabe, ter mais uma Copa do Mundo no currículo.

Quando me foi apresentado o projeto de vir para Arábia, na primeira leva de jogadores que veio, tive um contato especial, que foi com o Cris. O Cris acabou conversando comigo ao longo da negociação, eu já tinha jogado com ele no Manchester United. E o próprio Luís Castro [treinador], que está aqui conosco, já me conhecia da época do Porto. Aí me apresentaram o projeto e fiquei muito tranquilo de vir. Sei o quanto a liga cresceu, está sendo vista pelo mundo inteiro, e não é surpresa para ninguém. Estou muito feliz com minha decisão

Alex Telles

Cristiano Ronaldo na intimidade

Os mais variados assuntos são tratados por Alex Telles e Cristiano Ronaldo. A amizade entre eles começou no Manchester United e só cresceu desde então.

Telles contou que Cristiano se aproxima rápido de jogadores brasileiros e até brinca imitando o sotaque brasileiro em conversas com os jogadores. "Percebi logo de cara que ele gosta muito dos brasileiros, até de brincar, falando do jeito que os brasileiros falam", disse o lateral.

E não é só isso, o lateral revelou que CR7 conversa sobre o futebol brasileiro, conhece os times, pergunta sobre jogadores, mas não tem torcida especial por nenhuma camisa. Pelo menos que Telles saiba.

Do dia a dia com Cristiano, o brasileiro retira lições que vão desde a exigência nos treinos até cuidados fora de campo. No tempo livre, o luso prefere estar com a família em vez de atividades que possam atrapalhar o rendimento no trabalho. No clube, se trata de um líder que puxa o grupo para cima e passa sua experiência a todos os colegas, segundo Telles: "É um cara muito família, gosta de descansar nos momentos que não tem jogos e treinos. Por ser muito profissional, ele gosta de aproveitar com a família".

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Ele não fala de como vê o futebol brasileiro, mas quando a gente fala das equipes, de algum jogador que está no Brasil, ele sempre conhece. E quando citamos algum time, ele pergunta como é que é, como é que está. Até porque tem essa relação com Portugal, com o futebol português, então ele sempre quer saber do Brasil, de onde nós saímos. O futebol brasileiro é conhecido mundialmente, e por ele ser português tem essa relação

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Imagem: Robbie Jay Barrat/Getty

Liga Saudita entre tops

Alex Telles está satisfeito com o que encontrou na Liga da Arábia Saudita. Seja em estrutura, acessos ou projeção, a competição atendeu tudo que foi proposto ao jogador.

Ele vai além ao dizer que acredita que o Al-Nassr possa vencer qualquer rival europeu. E garante que o nível de competição por lá é muito alto.

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"Não tenho dúvida nenhuma, ninguém desaprende de jogar futebol, ninguém deixa de ter seu nível alto. Acredito muito que isso é muito psicológico, muito mental, e os jogadores que aqui estão, que vieram para agregar, acho que tem uma mentalidade forte por conseguir um alto nível de carreira também. Com certeza, se nós tivéssemos aí um duelo com qualquer outro time europeu ou sul-americano, qualquer outro time, eu acho que daria um jogo muito disputado", opinou.

Pelo investimento que foi feito, eu colocaria a Liga Saudita entre as dez maiores do mundo, porque há um tempo não estava nem entre as 30, 40 Agora, para mim, estaria entre as dez mais disputadas do mundo. Eu acho que não só os estrangeiros, mas os sauditas também têm qualidade

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Imagem: Robert Cianflone/Getty Images

Trauma na Copa e sonho em voltar

Alex se preparou pela vida toda para jogar uma Copa, mas se lesionou no Qatar-2022. O trauma da ruptura do ligamento do joelho, no entanto, virou motivação para voltar.

Eu só não vou pensar mais em seleção quando eu me aposentar. Enquanto estiver jogando futebol, enquanto tiver esse frio na barriga, essa ambição de jogar, eu vou pensar na seleção brasileira. Não vim para Arábia porque não pensei mais em seleção. Pelo contrário, a ambição e a vontade de vencer está presente todo o dia

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