Atletas ouviram barbaridades apenas por jogar bola: 'Mandavam lavar louça'

'Vai lavar louça', 'macho-fêmea', 'quer ser homem'. Estas são algumas das muitas frases preconceituosas que toda mulher que joga — ou apenas gosta — de futebol já ouviu ao longo da vida, e as jogadoras não são exceção.

Ary Borges, da seleção brasileira, e Maressa, do São Paulo, só conquistaram o "respeito" dos meninos ao mostrarem a habilidade com a bola nos pés. Já no caso de Lauren, zagueira do Brasil, a conquista de um torneio em cima do time masculino rendeu uma onda de xingamentos de pais e mães.

É muito curioso, né? Porque os meninos eram super respeitosos, mas os pais deles, que deveriam dar o exemplo e tudo mais, infelizmente xingavam e desencorajaram a gente Lauren, zagueira da seleção brasileira

Eu acredito que esse preconceito, infelizmente, está dentro da história de toda atleta Antonia, lateral da seleção brasileira

Quando jovens, as atletas contavam com a blindagem da família. Anos depois, elas adotam uma "regra" bastante simples: "entra por um ouvido e sai pelo outro". Mesmo assim, elas cobram respeito e deixam um recado: "não vão se calar".

"Não vou ser do tipo de pessoa que vou me calar, acho que isso já é algo importante", avisou Ary Borges.

Brasil na Copa do Mundo feminina

A seleção brasileira estreia hoje (24), às 8h (de Brasília), contra o Panamá, pelo Grupo F do Mundial da Austrália e Nova Zelândia. A partida será no Estádio Hindmarsh, em Adelaide (AUS).

O Brasil busca seu primeiro título mundial e vive despedida de Marta. A camisa 10 disputa a sua sexta e última edição de Copa feminina.

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