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Torcedor investigado admite ofensa contra Vini, mas diz que não foi racista

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

19/06/2023 10h41

Advogados de dois dos torcedores investigados por insultos racistas a Vini Jr falaram sobre o caso no Tribunal de Justiça de Valencia, na Espanha.

O que aconteceu

Juana Blázquez, advogada de um dos torcedores, disse que ele não tinha a intenção de incitar o preconceito, em entrevista ao jornal espanhol Cadena Ser.

A advogada alega que o torcedor em questão reconheceu seus atos, mas que não se tratava de racismo ou crime de ódio.

Segundo Blázquez, o torcedor do Valencia agiu assim por ter se sentido provocado por Vini. "Tudo aconteceu no contexto de uma partida de futebol em que é evidente que o jogador provoca o estádio e os torcedores", relata.

Manuel Izquierdo, outro advogado de um dos jovens torcedores, também negou racismo e disse que os atos foram tirados de contexto.

"Foi um problema específico. São três garotos de 18 anos que acabaram de virar adultos. Não pertencem a nenhuma banda radical, não são do Yomus [torcida organizada do Valencia que tem ultras fascistas], não têm tatuagens. São pessoas totalmente normais", explica Izquierdo.

Vini Jr foi alvo de racismo em partida

O brasileiro foi alvo de insultos racistas durante o jogo entre Real Madrid e Valencia no Estádio Mestalla, dia 21 de maio, pelo Campeonato Espanhol.

Vini chegou a identificar um dos torcedores que o ofendiam e a partida ficou paralisada por quase dez minutos.

O Valencia terá que pagar multa de 45 mil euros (R$ 252 mil na cotação atual) e fechará a arquibancada "Mario Kempes" - de onde partiram os insultos - por cinco jogos.