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Estrela no futebol universitário, ex-Inter sonha em jogar MLS com Messi

Felipe D"Agostini, atacante ex-Inter, em ação nos Estados Unidos - Arquivo Pessoal
Felipe D'Agostini, atacante ex-Inter, em ação nos Estados Unidos Imagem: Arquivo Pessoal

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

11/06/2023 04h00

Felipe D'Agostini, de 23 anos, viveu o início do sonho da maioria dos garotos. Tentou se tornar jogador profissional por meio das categorias de base de um grande clube brasileiro. Depois de jogar no Inter do sub-10 ao sub-14, porém, a vida fez uma curva que pode acabar na Liga cuja maior estrela é Lionel Messi.

O que aconteceu

Depois do Inter, o atacante jogou no SESC (RS), fez teste no Chicago Fire, que joga a MLS (principal Liga norte-americana de futebol), e viveu uma rotina de avaliações, até ingressar no futebol universitário dos Estados Unidos.

Pelo desempenho esportivo, ganhou uma bolsa de 100% dos custos na Syracuse University, evitando investimento que chegaria a 70 mil dólares (R$ 341 mil na cotação atual) anuais. Além de receber ajuda de custo.

Para atuar no futebol universitário, o atleta precisa estar cursando uma graduação na faculdade. Felipe completou curso de Sports Management com especialização em Business e atualmente está na pós-graduação.

"Minha chegada não poderia ser melhor. Mesmo começando em um nível menos cobiçado por aqui, sempre tive oportunidades de fazer o que eu sei de melhor. O tempo no Internacional foi um diferencial, extremamente grato a Deus e pelo clube, por tudo que aprendi e experienciei por lá. O futebol universitário é basicamente como as categorias de base no Brasil. A única diferença é que temos de conciliar o futebol com o estudo. É obrigatório ser um estudante da universidade" Felipe D'Agostini.

Felipe D'Agostini, ex-Inter que joga futebol universitário nos EUA - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal

Estrela do futebol universitário

E o desempenho no futebol universitário impressiona. Felipe conquistou títulos e prêmios individuais em todos os anos que disputou.

Ele defendeu o Cloud County, o Barton Community College e o Oral Roberts University, sendo melhor jogador da Conferência duas vezes, três vezes presente no Primeiro Time do Estado, foi melhor jogador da Liga em um ano, foi considerado a melhor transferência do ano, esteve no Primeiro Time dos Estados Unidos, além de ser campeão da Liga duas vezes.

Experiência na USL2 e sonho com a MLS e Messi

O desempenho nas ligas universitárias fez com que Felipe vivesse a experiência idêntica a de um atleta profissional. No período de férias, os jogadores universitários costumam firmar contratos com equipes da USL2 (Liga semiprofissional norte-americana) para manterem ritmo de atuação enquanto não têm compromissos acadêmicos.

No ano passado ele defendeu o Des Moines Menace e agora partirá para o Vermont Green.

O objetivo agora é conseguir atuar na MLS catapultado pelo sonho de atuar na mesma competição que Lionel Messi, que foi contratado pelo Inter Miami.

Nível do futebol universitário. "Nível altíssimo. Claro, depende da liga e da divisão, como em todo país, mas tratando de Syracuse University e ACC (liga mais competitiva de futebol no College) é um nível muito alto, atletas de todos países e a maioria com passagens por clubes nominados. No Vermont Green, time da USL2 que vou atuar esse verão, a torcida tá sempre com o time, esgotando os ingressos todos os jogos. São cerca de 2.500 pessoas por partida. Atmosfera boa demais".

Sonho com MLS e Messi. "Claro, é o nosso maior objetivo no momento. Jogar na MLS seria um sonho realizado, ainda mais com a chegada de grandes nomes como Lionel Messi. Acredito que é uma das ligas em ascensão no momento".

Chance de voltar ao Brasil? "Honestamente, eu gostaria de começar aqui nos Estados Unidos por alguns anos. Mas após alguma experiência acumulada, a ideia é atuar no meu país, perto da minha família e amigos, como todo brasileiro já sonhou"

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