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Abel se incomoda com pergunta sobre Endrick: 'Deixem o garoto em paz'

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante a partida contra a Inter de Limeira - Peter Leone/Agência Estado
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante a partida contra a Inter de Limeira Imagem: Peter Leone/Agência Estado

André Martins

Do UOL, em São Paulo (SP)

09/02/2023 23h10

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, ficou incomodado na entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0 sobre a Inter de Limeira e disse que não vai mais responder a perguntas sobre Endrick.

"Não há uma santa coletiva que não me perguntam sobre esse grande jogador. Me perguntam todo santo jogo. Ele é nosso jogador. Por que não me perguntam sobre outros? Todos temos que ser criativos. Não vou falar mais sobre isso, deixem o garoto em paz", disse o treinador do Palmeiras.

O jogador de 16 anos é uma grande promessa do time, mas nesta temporada ainda não marcou gols, o que era a sua especialidade nas categorias de base. Ele vem tendo boas atuações e foi blindado pelo comandante.

Além da "dura" diante da pergunta, Abel também comentou outras situações de sua equipe, que lidera o grupo D e está invicta no ano.

'Perdão' de erros. "Falhamos dois pênaltis, mas, para mim, o que explica o espirito da nossa equipe é ver um pênalti em que nosso batedor [Veiga] poderia fazer mais um, mas pegou a bola e passou ao Dudu. Isso mostra bem o espírito da equipe. Se continuarem com espírito de esforço e entrega, vou aceitar o erro da maneira que for."

Tristeza por falta de gols. "Hoje criamos muitas oportunidades. Fiquei só um pouquinho triste porque merecíamos fazer mais gols. Mas futebol é isso, é chegar lá e depois fazer. A eficácia é o elemento mais importante do futebol."

Jogo aberto. "Acho que foi a primeira vez que, em casa, demos muitas transições ao nosso adversário. Era um jogo para nós fazermos mais três ou quatro gols, e o adversário uns dois ou três. Ainda bem que as equipes têm dois bons goleiros, que fizeram a tarefa deles."

'Substituições' no meio de campo. "Pegamos o Zé e estamos a fazer dele um Danilo, e pegamos Menino e estamos a fazer dele um Zé, só que do lado contrário. Nosso plano não muda. Clube sabe do que é preciso, e sei que estão a fazer todos os esforços porque temos que seguir o nosso plano."

Única exclusividade. "Exclusiva só a minha mulher. Vocês têm, de três em três dias, direito a sentar nessa cadeira e me perguntar o que precisar, não preciso dar uma [entrevista] exclusiva."

Derrota do Fla no Mundial

Abel opinou: "O Flamengo ficou sem um jogador cedo, isso condiciona toda a historia do jogo. Não vou comentar tanto sobre isso, já tenho tanto problema dentro do clube para resolver, problema dos outros eu passo longe."

Saída de Kuscevic

"Sempre foi o nosso quarto zagueiro, com muita qualidade, sempre respeitou isso. Tinha pedido para sair no ano anterior, mas disse que naquele momento não podia, que ia ajudar depois. Gostaria de ter continuado com ele, mas teve a vontade do jogador e clube também achou que era uma boa oportunidade para vender."

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Mudanças na zaga

"Vamos dar uma oportunidade agora ao Naves. Henri não fica. Naves é o quarto zagueiro. Tínhamos quatro zagueiros: Kuscevic, Luan, Gomez e Murilo. Deem uma nota a eles. Agora tem Naves, Luan, Gomez e Murilo. É igual? São com esses que vamos jogar até o fim."

Espírito que deseja na equipe

"Há jogadores que pensam assim: 'O que posso fazer para me destacar?'. Esse é o espírito egoísta que não quero que minha equipe tenha. E tem os que dizem: 'O que preciso fazer para a minha equipe?'. É o espírito coletivo."

Homenagem antes e depois da partida

"Dedicar a vitória ao doutor Magliocca, que faz 42 anos [hoje]. Essa vitória é para ele."

Jabá de livro

"Há aspectos que temos que melhorar [no futebol brasileiro], como gramado e tempo de descanso. Primeiro temos que tentar melhorar, depois comparar com os outros [clubes que disputam o Mundial]. Se quiser ler meu livro, no último bloquinho está lá: o que o futebol brasileiro tem de bom e o que pode melhorar."

Calendário obriga a poupar

"O que o Brasil me ensinou: jogadores podem jogar de dois em dois dias, mas não podem jogar seis jogos seguidos. Quando vejo uma sequencia grande, tenho que poupar ou trocar mais cedo. Tenho que pensar no jogo seguinte. Na Europa eu não tinha essa preocupação, tinha uma semana inteira para treinar."

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