Danilo aponta liderança de Neymar na seleção de um jeito que pouca gente vê

Danilo conhece Neymar há mais de uma década. Eles foram campeões da Libertadores juntos no Santos — ambos fizeram gols na final de 2011 — e são companheiros de seleção desde as categorias de base. Por isso, o lateral-direito fala com certa propriedade quando enxerga no atacante um papel de liderança dentro da seleção brasileira. Segundo o próprio Danilo, a importância do craque no aspecto anímico "às vezes não é vista por quem está de fora".

Mas como isso funciona?

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"Eu gosto muito dele porque é muito positivo todo tempo. Muitas vezes, a situação pode estar um pouco pior e ele joga o grupo sempre para cima, dá muita confiança a cada um. É muito importante ter um senso de positividade. Ele tem este poder, ele usa isso, é carismático. Não é à toa está no futebol eurppeu há muitos anos, está acostumado a lidar com grandes líderes. Para mim, é a principal arma de liderança", explicou o lateral-direito da seleção.

Neymar, ao lado de Marquinhos, foi o último jogador a se apresentar em Turim, na Itália, na semana de preparação da seleção para a Copa do Mundo — houve um problema no voo. Se no primeiro dia ele fez um leve trabalho regenerativo, no segundo já foi a campo com 24 dos outros 25 convocados. O próprio Marquinhos foi exceção e só apareceu no gramado para dar uma corrida, já na parte final da atividade.

Tecnicamente, o Brasil depende de Neymar e quer que seja assim, como Tite já disse. Para os jogadores, não há problema. Danilo apontou que o contexto atual é de crescimento de quem atua ao redor do camisa 10 do Brasil. Nas versões que costumam ser usadas por Tite, isso inclui Vini Jr, Paquetá, Raphinha e Richarlison.

"É mais legal agora porque trabalha-se junto, de uma maneira que o Neymar faz com que os outros que estão ao lado dele fiquem maiores, joguem melhor. E quem está com ele fazem ele jogar melhor. Da parte técnica, existe um entrosamento muito grande entre ele e todos ali da parte da frente, não vou falar nome porque é muita gente que joga bem para caramba. É um momento que se potencializam entre si. Eles têm se entendido entre si e faz com que joguem melhor. Para nós, é bem legal", completou.

Mesmo apontado como líder, Neymar não está nos planos de Tite para ser capitão da seleção brasileira. Em entrevista recente ao UOL, o treinador apontou dificuldade de Neymar se expressar com a imprensa e de se fazer entendido publicamente como uma das razões. Mas o próprio treinadro reconheceu a relevância interna do craque, ao abraçar os novatos e fazer a integração entre gerações.

O que vai ser decisivo para a capitania, segundo Tite, é o tempo de seleção brasileira. Considerando o time titular, a braçadeira irá para Thiago Silva. Mas ninguém despreza a influência de Neymar. Longe disso.