Topo

Diretor de competições demitido da CBF obtém liminar para voltar ao cargo

Manoel Flores, diretor de competições da CBF - Lucas Figueiredo/CBF
Manoel Flores, diretor de competições da CBF Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/05/2022 15h20

Demitido por Ednaldo Rodrigues em um processo de reformulação na CBF, Manoel Flores conseguiu hoje (27) uma liminar para ser reintegrado ao cargo. O processo tramita em primeira instância na 3ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro.

A alegação é que ele não poderia ter sido desligado da CBF por fazer parte da chapa que se candidatou para dirigir o Sindicato dos Empregados em Clubes, Federações e Confederações Esportivas e Atletas Profissionais (Sindeclubes). O argumento é que Manoel tem direito a estabilidade pelo menos até a realização da eleição.

Acompanhado de advogado e oficial de Justiça, Manoel esteve na sede da CBF durante a tarde de hoje. Segundo a defesa de Manoel, a entidade acatou a decisão judicial e marcou para segunda-feira, às 13h, o retorno do dirigente.

A questão é que o posto de diretor de competições já está ocupado por Júlio Avellar, trazido por Ednaldo Rodrigues após trabalhar na Fifa.

No momento, o presidente da CBF está em viagem a Paris, onde acompanhará a final da Liga dos Campeões da Europa e, na segunda-feira, terá uma reunião com a Fifa.

Reinaldo Buzzoni, que era diretor de registro e transferências da CBF, também conseguiu decisão similar nesta semana. A entidade não acatou de início, alegando que tinha dez dias para cumprir a liminar. O UOL apurou que Buzzoni vai aparecer na CBF de novo na terça-feira para fazer valer a decisão sobre sua reintegração.

A CBF vive uma disputa com diretores demitidos, já que não pagou verbas rescisórias. A entidade previa que esse debate ganharia o âmbito jurídico. Paralelamente a isso, há uma investigação interna sobre a conduta dos profissionais que saíram, conforme o UOL apurou. Se comprovadas as irregularidades, a ideia da CBF é processar os profissionais que ocupavam os cargos de liderança nos setores.

Questionada anteriormente sobre as mudanças na diretoria e as questões trabalhistas, a CBF respondeu que "passa por uma reestruturação administrativa, processo normal em qualquer empresa privada. As exonerações de diretores e colaboradores realizadas obedeceram estrita orientação Jurídica Trabalhista. A entidade responderá a cada uma das situações, caso seja acionada por qualquer parte que se julgue no direito."