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Ministro russo reage a pedido de banimento do COI: 'Violação dos direitos'

Ministro do Esporte do país, Oleg Matytsin - European University Sports Association
Ministro do Esporte do país, Oleg Matytsin Imagem: European University Sports Association

Colaboração para o UOL, em Maceió

26/02/2022 11h47

O pedido do Comitê Olímpico Internacional (COI) para que o calendário esportivo seja retirado da Rússia e a bandeira e o hino nacionais sejam banidos dos eventos não agradou o ministro do Esporte do país, Oleg Matytsin, que acusou a entidade de tentar violar os direitos dos atletas.

A postura adotada pelo COI é uma das mais duras já tomadas contra um país, e é justificada, pelo comitê olímpico, pelo fato de Rússia e Belarus terem desrespeitado a Trégua Olímpica, decidida em assembleia geral da ONU no ano passado visando impedir conflitos armados em uma janela que começa sete dias antes de uma Olimpíada e termina sete dias depois das Paralimpíadas.

O conselho executivo do comitê quer as sanções além das medidas já impostas pela Agência Mundial Antidoping (WADA) contra a Rússia como parte de uma decisão de 2019 que ordena que o país compita sob uma bandeira neutra e sem seu hino nacional.

"Recebemos com grande decepção a decisão do COI", disse Matytsin à Match TV. "Consideramos essas recomendações inadequadas em relação aos esportes russos. Em nossa opinião, sua implementação levará a uma violação dos direitos dos atletas russos.

Ainda segundo o ministro, "o Ministério do Esporte está em constante contato com as federações esportivas para proteger os direitos dos atletas".

Embora os atletas russos possam competir nos Jogos Paralímpicos de Pequim, que começam em 4 de março, o anúncio do COI ocorreu no final de uma semana de crescentes sanções esportivas contra a Rússia, a exemplo da mudança da final da Liga dos Campeões em maio de São Petersburgo para Paris.

Os líderes do COI, no entanto, enfatizaram que não há eventos relacionados à entidade planejados na Rússia ou na Bielorrússia para os próximos meses e expressaram preocupações com a segurança dos atletas, acrescentando que pretendem coordenar a "assistência humanitária" na Ucrânia.