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Sylvinho vê Corinthians ofensivo e diz que pressão da torcida não atrapalha

Do UOL, em São Paulo

30/01/2022 22h38

O Corinthians venceu o Santo André por 1 a 0, mas novamente ficou devendo dentro de campo. Além do gol da vitória ter sido marcado após um pênalti polêmico, a equipe esteve abaixo daquilo que se espera, principalmente no segundo tempo, quando os donos da casa melhoraram em campo, equilibraram o jogo e só não empataram por causa das suas próprias deficiências técnicas. O técnico Sylvinho, porém, se irritou em sua entrevista coletiva ao ser questionado sobre uma possível passividade do time em campo, diminuindo o ímpeto ofensivo, principalmente no segundo tempo.

"Eu discordo da análise. Bastante pobre, inclusive. Por isso que são boas as réplicas e tréplicas. Quando jogamos com Gabriel Pereira de meia e Gustavo Mosquito aberto, o time é muito ofensivo. O primeiro tempo teve 60% de posse de bola, chances de gols e boas chances de liquidar o jogo. Em boa parte do primeiro tempo, nosso adversário jogou em linha baixa, e nós dentro do campo do adversário", comentou o técnico.

No primeiro tempo de jogo, o Timão teve 61% de posse de bola e sete finalizações contra quatro do Santo André. Mas na etapa final os anfitriões melhoraram em campo e terminaram o jogo com 43% de posse, além de 11 finalizações contra 4 do Corinthians, sendo que os dois times chutaram apenas duas vezes no gol.

"Quando não define o jogo, tem maiores dificuldades. O adversário não tem o que perder, se lança. Ele joga, os laterais avançam, os externos ficam para dentro, faz sete ou oito no meio de campo. Enquanto não define o jogo, ele está ali, e infelizmente foi o que aconteceu. O time foi ofensivo, os números mostram. Quando vê o jogo inteiro, está repartido bem, mas para nós com posse de bola e condições de vencer o jogo. Se tem um time que era para vencer o jogo, sem nenhuma dúvida era o Corinthians", acrescentou.

Pressão da torcida atrapalha?

Sylvinho também foi questionado sobre o descontentamento do torcedor corintiano, seja no estádio Bruno José Daniel, na capital paulista ou nas redes sociais. Segundo o comandante, os pedidos de parte da torcida por sua saída não o atrapalham, e reforça que o ambiente no clube é o melhor possível.

"Não muda absolutamente nada, nosso ambiente é muito saudável, muito bom. Eu fico feliz porque muitos desses atletas têm uma rodagem importante, conhecem treinadores de um nível internacional importante, muitos vencedores. Os caras dizem... Eu não pago eles e ninguém, vou completar meio século e construí minha vida com muita dedicação. Ganhei três títulos paulistas aqui, é uma alegria vencer esse campeonato. Tive oportunidade de vencer Brasileiro, Copa do Brasil, fiz mais de 270 jogos por esse clube. Não atrapalha nada. Tenho experiência e uma construção de carreira sólida, possibilidade de fazer uma Copa do Mundo. Nosso ambiente é muito bom. Não atrapalha absolutamente nada", encerrou.

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