Topo

Eliminatórias Sul-Americanas

Aumento de faltas da Colômbia contra o Brasil rendeu pedido de desculpas

Neymar discute com o árbitro após confusão com Mina na partida entre Brasil e Colômbia - REUTERS/Luisa Gonzalez
Neymar discute com o árbitro após confusão com Mina na partida entre Brasil e Colômbia Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez

Gabriel Carneiro e Igor Siqueira

Do UOL, em São Paulo e Rio de Janeiro

11/11/2021 04h00

O retrospecto recente das partidas entre Brasil e Colômbia traz a perspectiva de um jogo muito equilibrado, hoje, na Neo Química Arena, em São Paulo. Inclusive, foi a única seleção que o Brasil não derrotou ainda nas Eliminatórias. Mas para além de placares apertados, como visto na era Tite, os confrontos mais recentes trazem um comportamento mais ríspido da seleção colombiana em campo.

Será o terceiro confronto entre as duas seleções em 2021. Nesses duelos, a Colômbia elevou a média de faltas. O jogo pela Copa América já tinha sido tenso, com 16 faltas sofridas pela seleção brasileira. A vitória só veio nos acréscimos, com um gol de Casemiro de cabeça. No segundo encontro do ano, que terminou 0 a 0 na quente Barranquilla, foram 18 faltas. Em contraste, o Brasil fez nove.

Histórico de faltas em Brasil x Colômbia - Editoria de arte - Editoria de arte
Histórico de faltas em Brasil x Colômbia
Imagem: Editoria de arte

Número de faltas, por si só, não representa jogo violento. Mas, segundo César Sampaio, auxiliar técnico de Tite, esse número rendeu até um pedido de desculpas da comissão técnica adversária.

"É uma equipe que na Copa América mudou um pouco o comportamento. Sempre teve rivalidade grande, mas a qualidade técnica era prioridade. A Colômbia na década de 90, 2000, o talento era o diferencial técnico. Vieram para um jogo mais de embate, e no segundo jogo até se desculparam. O Reinaldo Rueda e o auxiliar vieram falar com o Tite que passaram um pouco do tom", disse o assistente.

Independentemente do placar, o principal alvo das faltas da Colômbia nas partidas diante do Brasil é Neymar. Há algumas razões, além da rispidez adversária: característica de drible, condução de bola e ser o principal articulador do time. Na era Tite, Neymar enfrentou a Colômbia cinco vezes e a média é de cinco faltas sofridas por partida. Na Copa América 2021, o ápice da perseguição: sofreu sete das 16 faltas.

"A Colômbia é sempre um adversário muito difícil, foram sempre jogos bem duros. É uma equipe que joga bem forte, e tem sido muito disputada cada partida", disse o meia Lucas Paquetá, durante a semana.

Antes de 2021, o Brasil fez mais faltas que a Colômbia em três dos quatro encontros anteriores sob o comando de Tite. Em termos de resultado, a seleção brasileira soma três vitórias e três empates diante dos colombianos nesse período.

"A Colômbia evoluiu. Depois do (ex-treinador Francisco) Maturana começou com uma geração muito forte e atletas com uma ideia de futebol de qualidade, enfrentamento de qualidade técnica. Muitos atletas indo para a Europa, experiência europeia, a grande maioria com base na Itália e na Inglaterra. Vai chancelando", disse Tite, que já enxerga o jogo de hoje como uma partida digna de Copa do Mundo: "Para mim, (a Colômbia) vai estar na Copa".