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Posicionamento perto do gol e forma física: a coletiva de Renato Augusto

Renato Augusto, meio-campista do Corinthians, em entrevista coletiva - Reprodução/YouTube
Renato Augusto, meio-campista do Corinthians, em entrevista coletiva Imagem: Reprodução/YouTube

Yago Rudá

Do UOL, em São Paulo

07/10/2021 13h24

Contratado para ser o organizador do meio de campo do Corinthians e utilizado como curinga no atual elenco, Renato Augusto revelou uma conversa com o técnico Sylvinho para atuar mais próximo dos atacantes. Recentemente, o camisa 8 foi testado como volante — função que já desempenhou em outras oportunidades ao longo de sua carreira —, mas deixou claro que pretende mesmo é ter um posicionamento mais ofensivo.

"Já tinha jogado assim, fiz a Olimpíada toda de primeiro volante, na China fiz algumas vezes também, mas minha função, a que eu mais gosto é de 8, de meia. A gente conversou sobre isso, claro que em alguns momentos vai precisar, como foi contra o Bragantino, quando acabei até fazendo o gol, mas eu procuro agora ficar realmente mais perto da área, estar pisando na área. Aprendi muito com jogadores que joguei, mais novo eu não tinha tanto essa ideia, tive o prazer de jogar com Elias, Paulinho, que têm o feeling do gol, essa infiltração. Procurei aprender com eles e entrar na área para fazer mais gols", revelou Renato Augusto ao ser questionado sobre o tema.

Desde que chegou ao Corinthians, em agosto deste ano, o meio-campista participou de oito partidas e ainda não sabe o que é ser derrotado. No próximo sábado, o Alvinegro pega o Sport, em Recife, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro e tenta retornar ao G4 após perder a posição para o Fortaleza, que bateu ontem (6) o Fluminense, no Maracanã, e jogou o time do técnico Sylvinho para a quinta colocação.

Aos 33 anos de idade e vindo do futebol chinês, Renato explicou que está se sentindo bem fisicamente, mas é constantemente monitorado pela comissão técnica do Corinthians. A tendência é de que o camisa 8 seja titular contra o Sport, mas sua permanência no time precisa ser avaliada jogo a jogo para não correr riscos de lesão.

"Fazemos alguns exames para saber se temos condição de jogo ou não, é difícil, tem de tomar um pouco de cuidado, mas isso é jogo a jogo que a gente vai ver, sem correr nenhum risco grande de ter um problema maior, sem muita pressa quanto a isso, respeitando o corpo. Claro que é um calendário um pouco agressivo, você joga a cada três dias, com viagens, jogos desgastantes, então, é aproveitar para crescer fisicamente, tecnicamente e quando achar que tem um risco, é ficar fora de um jogo ou outro", concluiu o atleta.

Vejas outros trechos da entrevista de Renato Augusto:

Neste momento do Campeonato Brasileiro é mais difícil jogar contra times que brigam contra o rebaixamento ou times que brigam na parte de cima da tabela?

"O Campeonato Brasileiro é tão diferente de tudo, que todos os jogos são muito difíceis. Às vezes você vai pegar o último colocado e vai ser um jogo extremamente difícil, quando você for pegar o líder vai ser um jogo do mesmo nível. Realmente é complicado. Além de ter um nível alto, você tem um desgaste muito grande físico não só dos jogos, como também de viagens. Esses jogos são bem complicados, já perdemos pontos importantes em jogos assim e temos que encarar como uma final. Não tem para onde correr".

O Paulinho caberia no time como primeiro volante?

"Acho que ele já fez essa função algumas vezes. A questão tática é mais com o Sylvinho, não sei como ele estava jogando na Arábia, mas é um jogador do mais alto nível. Se ele vier, vai ser bom para nós".

Sobre Cantillo e Gabriel

"Você tem que se adaptar ao cara que está do seu lado. Você sabe que tem que dar um pouco mais de suporte defensivo nele. O Gabriel tem um poder de marcação maior, te dá liberdade para sair um pouco mais. Não vejo melhor, nem pior. São dois jogadores importantes, em determinado momento um vai jogar mais do que o outro. O importante é que estamos com um grupo forte".

Sobre expectativa do Corinthians para a temporada

"Há pouco tempo, quando cheguei, falavam até de [risco] de rebaixamento. Acho que o momento não é esse [pensar em título], é a equipe se consolidar e crescer nesse final de temporada. Estamos em construção, com jogadores chegando agora. O momento é o próximo jogo, sem criar muita expectativa e ver lá na frente. O mais importante é ganhar confiança e pontos".

Sobre relação com Sylvinho

"O Sylvinho é um cara de altíssimo nível. Jogou no Barcelona, no Manchester City e no Arsenal. É um cara que entende bastante de futebol, já trabalhou com o Tite. Acho que ele tem total confiança para o diálogo. Ele sempre me dá abertura. É um cara que entende o que é o Corinthians, até sobre a pressão do Dérbi"

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