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Camacho aciona o Corinthians na Justiça e pede R$ 1,2 milhão

Camacho em ação durante partida do Corinthians no Brasileirão 2020 - Marcello Zambrana/AGIF
Camacho em ação durante partida do Corinthians no Brasileirão 2020 Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Thiago Braga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/09/2021 17h24

O volante Guilherme Camacho, hoje no Santos, entrou na Justiça contra o Corinthians. Na ação, a defesa do jogador pede que o Timão pague R$ 1.259.408,81, valor devido a título de verbas trabalhistas e não recolhimento de FGTS.

"Ao longo dos dois períodos contratuais o clube reclamado deixou de adimplir com parcelas remuneratórias dos contratos de trabalho, pagando extemporaneamente as férias devidas ao reclamante, deixando de integrar as premiações pagas e, ainda, deixando de realizar alguns depósitos de FGTS", argumentou a defesa de Camacho na ação.

Camacho chegou ao Corinthians em maio de 2016, depois de ser um dos destaques do Audax de Fernando Diniz. Após assinar a liberação com o Timão em junho deste ano, ele acertou sua ida ao Santos.

Camacho chegou ao Corinthians ganhando R$ 80 mil e teve dois aumentos, para R$ 90 mil e depois para R$ 150 mil mensais — em agosto de 2017 e em janeiro de 2018, respectivamente. A informação do processo de Camacho foi publicada pelo site Meu Timão e confirmada pelo UOL.

  • Saldo de um dia de salário de dezembro de 2016 (R$ 2,6 mil); 2017 (R$ 3 mil); 2018 (R$ 5 mil); 2019 (R$ 5 mil) e segunda parcela do 13º salário de 2019 (R$ 75 mil) - total de R$ 90,6 mil;
  • Dobra da remuneração de férias de 2016 (R$ 115,5 mil); 2017 (R$ 135,3 mil); 2018 (R$ 211,1 mil); 2019 (R$ 200 mil) - total de R$ 662 mil;
  • Multa prevista no artigo 477, § 8º, da CLT - total de R$ 150 mil;
  • Verbas rescisórias (quais sejam), saldo de salário de fevereiro de 2020 e 13º salário proporcional de 2020 - total de R$ 27,5 mil;
  • Integração da parcela premiação ao salário do reclamante, condenando ao pagamento dos reflexos em 13º salário, férias acrescidas do terço constitucional e FGTS sobre 13º salário e férias - total de R$ 113,4 mil;
  • Depósito do FGTS, acrescidos de correção, juros e multa - total de R$ 215,7 mil;
  • Honorários sucumbenciais - valor a definir.

Vale lembrar que os débitos com impostos são um dos problemas financeiros do Corinthians. Em agosto, o UOL revelou que o Corinthians também possui pendências no recolhimento do FGTS de seus funcionários. O clube não deposita os valores desde 2019, e o débito já supera os R$ 40 milhões. O clube do Parque São Jorge deve R$ 138,21 milhões com obrigações tributárias e encargos sociais e fiscais. O número engloba recolhimento de Imposto de Renda, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e Férias. Ao todo, a dívida total do Timão no mercado é de R$ 956,9 milhões.