Avião leva à reestreia de CR7 nome de mulher que o acusa de estupro
Um avião com uma faixa que trazia a frase "Believe Kathryn Mayorga" ("Acredite em Kathryn Mayorga") foi visto acima do estádio Old Trafford durante a reestreia do atacante Cristiano Ronaldo pelo Manchester United hoje. Tratou-se de um protesto do grupo feminista britânico "Level Up" em apoio à mulher que acusa Ronaldo de tê-la estuprado em 2009. Na época ele também defendia a equipe inglesa.
A partida terminou em vitória do Manchester United (4 a 1) sobre o Newcastle, com dois gols de Ronaldo. A faixa apareceu no céu logo após o apito inicial.
"Vamos dizer NÃO à cultura do silêncio sobre abusos na comunidade do futebol", escreveu o grupo, que lançou um manifesto relembrando o caso.
"Eu acredito em Kathryn Mayorga quando ela diz que Cristiano Ronaldo a estuprou em 2009. Eu acredito que Ronaldo deve ser responsabilizado. Eu acredito em solidariedade, não silêncio. Chegou a hora do futebol encarar a horrível realidade do estupro", diz o manifesto feminista.
A americana Kathryn Mayorga afirma ter sido estuprada pelo português em junho de 2009, quando o jogador passava férias em Las Vegas, nos Estados Unidos, semanas antes de se transferir ao Real Madrid. Naquele dia, Ronaldo se encontrou com Kathryn e foi fotografado com ela em uma casa noturna da cidade. A mulher afirma que o jogador a convidou ao quarto de um hotel, onde ela teria sido estuprada.
Veja fotos da estreia de Cristiano Ronaldo pelo Manchester United
Apesar de Kathryn ter registrada uma queixa à polícia americana no dia seguinte, o caso só veio a público em 2017, quando o jornal alemão "Der Spiegel" teve acesso a documentos sigilosos que registravam a acusação. Cristiano Ronaldo sempre negou as alegações da americana e não fez comentários sobre o protesto de hoje.
Promotor diz que acusação não pode ser provada
Em 2019, dez anos depois do encontro em Las Vegas, o promotor Steven Wolfson, de Nevada, anunciou que Cristiano Ronaldo não seria denunciado por estupro porque não seria mais possível comprovar o fato.
De acordo com a promotoria, as investigações foram prejudicadas porque em seu primeiro relato à polícia Kathryn se recusou a dizer o nome do agressor e o local onde o crime teria ocorrido. O caso foi encerrado na Justiça americana.
Em 2010, Katryhn e Ronaldo chegaram a um acordo extrajudicial para que ela retirasse sua queixa e não falasse do caso publicamente. Os advogados do atacante disseram ter pagado 375 mil dólares para que a americana mantivesse o caso sigiloso.
Em 2018, a americana se disse encorajada pelo movimento "Me Too", abriu um processo para invalidar o acordo anterior e falou publicamente sobre o assunto, voltando a acusar o português de estupro.
Na ocasião, o jogador publicou uma nota na qual nega ter cometido o crime.
"Eu nego veementemente as acusações lançadas contra mim", disse ele. "Estupro é um crime abominável que vai contra tudo o que sou e em que acredito. Mesmo preocupado em limpar meu nome, eu me recuso a alimentar o espetáculo midiático criado por pessoas buscando promoção às minhas custas."
Segundo o jornal britânico "The Sun", a americana agora move um processo na esfera cível contra Ronaldo, exigindo 56 milhões de libras (R$ 406 milhões) como indenização.
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