Presidente do Cruzeiro descarta renúncia e diz que vai cumprir o mandato

Sérgio Santos Rodrigues não vive o melhor momento à frente do Cruzeiro, pelo contrário, passa por pressão, grande quantidade de críticas e forte pedido de renúncia por parte da torcida. Apesar dos protestos, das farpas e até ameaças, o presidente garante que permanecerá no cargo até o fim de seu mandato, mesmo se a Raposa permanecer na Série B do Campeonato Brasileiro em 2022.

"Não, de forma alguma. Não condiciono [permanência ao acesso] à Série A. Quero dizer que estou absolutamente tranquilo, e no que me couber, enquanto puder, se o Conselho [Deliberativo] quiser e a torcida entender, eu vou cumprir [mandato] até o fim de 2023 pelo menos, que é até o fim. São vários trabalhos que estão sendo feitos, como no lado financeiro, no administrativo e no jurídico, que apresentaram melhoras", garantiu.

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Rodrigues minimizou os protestos de torcedores, dentre esses um acontecido na porta da Toca II, em 12 de junho, quando um número considerável de torcedores se reuniu para pedir à renúncia do presidente.

"Sobre rejeição e protestos, acho muito curioso falar protesto relevante. É bastante gente, mas é protesto com trio elétrico, que dá briga, que a gente fica sabendo que tem ônibus liberado. A gente sabe o cunho que tem por trás desse tipo de protesto", contestou.

Além das manifestações presenciais, Sérgio Santos Rodrigues tem baixa popularidade também nas redes sociais, onde grupos organizados e até influenciadores digitais têm feito campanhas pela renúncia do mandatário.

"E sobre rede social, sou um crítico de forma geral, não só por causa de futebol, mas de política e do ambiente de ódio que se criou em rede social. Às vezes, incomoda as pessoas quando eu falo isso, na própria reunião que me gravaram - e quem gravou devia colocar essa parte -, eles [protestos] não refletem nossos 9 milhões de torcedores. Acompanho o Cruzeiro em todo lugar, tem muita crítica sim, muita cobrança, mas muitas pessoas que reconhecem o trabalho que está sendo feito. Os lugares em que fui, nos redutos, fomos bem recebidos. Depois, já tivemos críticas sim por parte dessas pessoas com as quais continuo conversando. Ando de forma muito tranquila na rua e de cabeça erguida por isso", completou.

Sérgio Santos Rodrigues, ao falar de reunião em que foi gravado, lembra de encontros com torcedores que foram realizados em diversos locais. Dentre esses, sedes das próprias torcidas organizadas, que em sua maioria também cobram à saída do dirigente.

"Quanto à torcida, eu destaco e afirmo que nenhum presidente esteve tanto com a torcida quanto eu. Não só receber, como a gente recebeu na sede da Timbiras quanto aqui [no coworking em um shopping de Belo Horizonte], quanto ir na torcida. Eu visitei por três ou quatro vezes sedes de torcida para poder conversar", revelou.

O presidente ainda deu mais uma alfinetada nos críticos e disse preferir ficar com a análise de especialistas do que "de uma pessoa que nunca geriu nada".

"Que não caiam na pilha de rede social, onde a grande maioria se esconde atrás do teclado e não tem coragem de encarar um diálogo justo, honesto e cara a cara para discutirmos ideias, gestão, etc. Fico muito tranquilo porque a gente caminha em um sentido bom em relação a isso. Me incomoda muito quando alguém vem falar que não estamos fazendo uma boa gestão quando vem o estudo do Itaú BBA elogiar a nossa gestão. Entre uma pessoa que nunca geriu nada e o Itaú, prefiro ficar com a opinião do Itaú, porque ele sabe que é um trabalho em longo prazo. A gente acredita que quando especialistas falam isso, quando o Capelo fala que no âmbito da transparência o clube está fazendo grandes avanços, eu acredito sim que estamos no caminho certo. Falta melhorar a parte esportiva, vamos trabalhar para melhorar", garantiu.