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Reunião em SP anima presidentes para criação de liga: "Caminho sem volta"

Rodolfo Landim e Guilherme Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes - Igor Siqueira/UOL Esporte
Rodolfo Landim e Guilherme Bellintani, presidentes de Flamengo e Bahia, falam sobre criação da Liga de clubes Imagem: Igor Siqueira/UOL Esporte

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

28/06/2021 16h04

Representantes de quase todos os 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro se reúnem hoje (28), em São Paulo, para debater a criação da liga nacional de futebol que substituiria o Brasileirão. O tom no final da primeira rodada de conversas foi otimista.

A reunião acontece em um hotel na capital paulista. No encontro, foram debatidos os primeiros passos da liga: como criar a empresa que cuidará da liga, como estruturá-la com estatutos e contratos e quais nomes do mercado do futebol podem ser contratados; também como os clubes serão representados na direção e por quais dirigentes.

"Pelo que a gente sente, pela forma como o assunto tem sido tratado, é um caminho sem volta" disse o presidente de um clube nordestino, que não quis ser identificado.

Questionados sobre a expressão, se talvez fosse otimista demais, outros quatro presidentes (dois de clubes paulistas) confirmaram o clima. "É um caminho sem volta, sim, e precisa ser mesmo. Já passou da hora de os clubes se organizarem desta forma", disse um deles, também sob anonimato.

O UOL Esporte conversou com cerca de dez dirigentes, que mostraram confiança por um consenso quanto ao novo campeonato. Os dirigentes combinaram ainda não discutir detalhes com a imprensa enquanto a base da criação da liga não estiver bem consolidada.

A reunião foi das 10h às 17 horas, com uma hora de almoço. Novos encontros serão marcadas para debater os atos constitutivos da Liga, sendo o primeiro deles em até 90 dias, como diz a carta de intenções assinada por todos os presidentes. Assuntos mais objetivos e próximos ao futebol em campo, como o custeio do VAR e das taxas de arbitragem, devem ficar para depois.

O movimento para a criação de uma nova Liga Nacional ganhou força desde o afastamento do presidente Rogério Caboclo da CBF. Os clubes se organizam também para ter peso maior na possível eleição do sucessor caso Caboclo seja afastado de forma permanente. Os presidentes mostram cautela também para esperar o desfecho na CBF para saber como seguir com a liga, mas a intenção não é romper com a entidade.