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Venezuela busca empate no fim e evita derrota para Equador na Copa América

Moises Caicedo, do Equador, e Edson Castillo, da Venezuela disputam no jogo aéreo em partida pela Copa América - Buda Mendes/Getty Images
Moises Caicedo, do Equador, e Edson Castillo, da Venezuela disputam no jogo aéreo em partida pela Copa América Imagem: Buda Mendes/Getty Images

Igor Siqueira

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/06/2021 20h07

Em um jogo intenso, equilibrado e físico, Venezuela e Equador empataram por 2 a 2, no confronto de hoje (20), pela Copa América. A partida no Nilton Santos teve emoção até a reta final, já que os venezuelanos alcançaram a igualdade nos acréscimos.

O resultado não resolve a vida das duas seleções no Grupo B da Copa América. Ambas seguem sem vitórias. A Venezuela tem um jogo a mais que o Equador e soma dois pontos. Os equatorianos, por sua vez, ficam com um ponto. Os gols do Equador foram de Preciado e Plata. Castillo e Hernández fizeram para a Venezuela.

Na próxima rodada, o Equador vai a Goiânia, enfrentar o Peru, quarta-feira, às 18h. A Venezuela descansa e se prepara para o jogo contra o Peru, domingo, no Mané Garrincha, às 18h, que pode determinar a classificação às quartas de final.

Enfim, bola na rede

Os primeiros gols de Venezuela e Equador nesta Copa América saíram no jogo de hoje. E em dose dupla. O cenário ofensivo é mais grave para os venezuelanos porque só conseguiram balançar as redes na terceira partida no torneio. O Equador folgou na rodada passada. Entre as dez seleções, as que seguem sem fazer gols na Copa América são Uruguai e Peru, ambas com um jogo até o momento.

Reclamação da Venezuela com arbitragem

A Venezuela reclamou da arbitragem em pelo menos dois momentos do jogo. No primeiro tempo, Cásseres chegou a conseguir encobrir o goleiro Ortíz na área, mas recebeu um encontrão e foi derrubado. A arbitragem sinalizou impedimento na origem, marcação muito duvidosa. Outra reclamação veio no segundo tempo, quando Enner Valencia, já com cartão amarelo, acertou o braço no rosto de Martínez. Roberto Tobar mandou seguir e o VAR não foi chamado.

Em todas as situações mais polêmicas, a Venezuela tinha um "espião" nas tribunas. Um dos membros da comissão técnica de José Peseiro acompanhava as imagens nos monitores da tribuna de imprensa e "cantava" o que via por meio de um rádio.

No segundo gol do Equador, o VAR levou um tempo para checar e confirmar que o lance fora legal. Mas esse auxiliar da Venezuela não esboçou reação porque a imagem constatou a decisão acertada.

E o gramado?

Antes do jogo, as duas seleções se aqueceram no gramado. E isso mais uma vez cobrou seu preço. De qualquer forma, o campo parecia menos enlameado do que nas partidas Argentina x Chile e Brasil x Peru. A seleção brasileira volta a usar o Nilton Santos já na quarta-feira. No intervalo, funcionários tentaram corrigir alguns danos do gramado gerados pela disputa no primeiro tempo.

Questões táticas

No geral, o Equador foi melhor no jogo. Com uma proposta mais ofensiva, embora pouco técnica, o time de Gustavo Alfaro dominou de fora mais ampla. Na etapa inicial, houve um embate mais intenso. Só que a prioridade para as valências físicas se sobressaiu em detrimento da habilidade. Não foi dos jogos mais bonitos. Prova disso é que os dois gols equatorianos tiveram bate-rebate.

No primeiro, a defesa da Venezuela cochilou depois de uma bola alçada na área. Preciado aproveitou a sobra e marcou depois que o goleiro Fariñez trombou com Arboleda. No segundo gol, já na etapa final, a arrancada de Plata, que mostrou seu valor ao deixar a defesa adversária quase toda para trás. Ele deu sorte porque o rebote do goleiro voltou para seus pés. O gol estava vazio de novo.

Força aérea da Venezuela

Pelo lado da Venezuela, quem sai do jogo com a marca do heroísmo é Hernández, que fez o segundo gol em um momento que aparentava certo conforto para o Equador. Ele foi muito frio ao concluir com uma cabeçada depois do lançamento nas costas da defesa equatoriana.

A Venezuela já tinha conseguido essa liberdade na frente na jogada do primeiro gol. Depois de girar a bola, o cruzamento de Martínez foi certeiro. Castillo deixou o goleiro Ortíz inerte com a cabeçada que deixou o jogo no 1 a 1 e deu mostras de que a Venezuela poderia levar certo perigo adiante.

Dia dos pais

Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, assistiu ao jogo ao lado da família. Os três filhos vieram ao Rio para passar o Dia dos Pais. No Paraguai, a data comemorativa é hoje (20).

FICHA TÉCNICA
VENEZUELA 2 x 2 EQUADOR

Local: estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 20 de junho de 2021, domingo, às 21h
Árbitro: Roberto Tobar Chile)
Assistentes: Christian Schiemann e Claudio Rios (ambos do Chile)
Quarto árbitro: Leodan González (Uruguai)
VAR: Julio Bascuñán (Chile)
Cartões amarelos: Angelo Preciado, Moisés Caicedo e Enner Valencia (Equador)

GOLS: Ayrton Preciado, aos 39/1ºT (0-1), Castillo, aos 6/2ºT (1-1), Plata, aos 26/2ºT (1-2), Hernández, aos 46/2ºT (2-2).

VENEZUELA: Faríñez, Alex González, Velázquez, Adrián Martínez, Del Pino Mago e Cumaná (Hernández); Edson Castillo, Moreno (Richard Celis), José Martínez (Hurtado) e Cásseres (Manzano); Aristeguieta (Córdova). Técnico: José Peseiro.

EQUADOR: Pedro Ortiz, Angelo Preciado, Arboleda, Hincapié e Pervis Estupiñán; Jhegson Méndez (Noboa), Moises Caicedo, Mena (Plata) e Ayrton Preciado (Fidel Martínez); Enner Valencia (Franco) e Campana. Técnico: Gustavo Alfaro