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Feliz por Juliette, Hulk cita Rivaldo e aborda preconceito com nordestinos

Autor de dois gols contra o Cerro Porteño, Hulk brillhou na mesma noite que Juliette levou o BBB 21 - Pedro Souza/Atlético; Reprodução/Instagram
Autor de dois gols contra o Cerro Porteño, Hulk brillhou na mesma noite que Juliette levou o BBB 21 Imagem: Pedro Souza/Atlético; Reprodução/Instagram

Henrique André

Do UOL, em Belo Horizonte

05/05/2021 13h35

Se até ontem um dos principais assuntos no país era a grande final do reality Big Brother Brasil, hoje, após a consagração da paraibana Juliette, o tema seguiu em alta e com uma ajudinha de um conterrâneo da nova milionária. Também na noite desta terça-feira (4), o atacante Hulk foi, mais uma vez, o protagonista do Atlético-MG na Libertadores.

Com dois gols marcados contra na vitória por 4 a 0 sobre o Cerro Porteño, repetindo o que já havia feito contra o América de Cali, o jogador de 34 anos se isolou na artilharia da equipe mineira em 2021; agora são seis tentos anotados.

"Fiquei muito feliz pela vitória da Juliette. Vai nos ajudar a carregar o nome do nosso Estado e da nossa cidade", disse Hulk em entrevista ao programa Globo Esporte desta quarta (5).

Contudo, nem tudo são flores. Principalmente quando o assunto é preconceito. Em outra entrevista, esta para o podcast Mano a Mano, promovido pela Conmebol no início da semana, Hulk lamentou o fato de atletas paraibanos sofrerem até os dias de hoje com comentários xenofóbicos.

"Sou inspiração para muitos jovens ali, como foi o Marcelinho (Paraíba) foi pra mim. Já tentei fazer várias coisas para tirar a garotada da rua e realizar os sonhos. Mas com a distância é complicado. Ainda sonho em um dia fazer algo para ajudar essa garotada. Sempre que posso, levanto a bandeira", destacou o atacante.

"O Rivaldo sempre foi craque. Não sei porque não o valorizaram tanto, principalmente quando foi o melhor do mundo. Escutei muitas coisas no início da minha carreira por ser nordestino. Ouvia muito o "vai Paraíba". Nunca abaixei a cabeça e sempre me fortaleci por isso. É difícil ter um psicológico forte para tirar isso de letra, principalmente para uma criança ou um adolescente. Infelizmente, nosso nordeste sofre bastante e não tem tanta estrutura para ajudar esta garotada", acrescentou.