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Rony não era o craque que a torcida sonhava, mas é o que a Liberta pedia

Rony celebra título do Palmeiras na Copa Libertadores 2020, no Maracanã - Ricardo Moraes/Getty Images
Rony celebra título do Palmeiras na Copa Libertadores 2020, no Maracanã Imagem: Ricardo Moraes/Getty Images

Thiago Ferri

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/01/2021 12h00

Assim que Breno Lopes fez o gol do Palmeiras no Maracanã, Rony desabou no gramado, chorando e imediatamente abraçado por seus companheiros. Saiu dos pés do atacante a assistência para garantir o título da Copa Libertadores, diante do Santos. Era o último capítulo da história entre o camisa 11 e a competição, em que ele não foi eleito o melhor jogador, mas foi o mais decisivo.

Rony participou de 13 gols ao longo da campanha campeã: foram cinco dele e mais oito assistências. Nenhum outro atleta teve tanta influência direta em gols nesta edição quanto o palmeirense. De acordo com dados do Sofa Score, é o jogador com mais participações para gols desde a Libertadores de 2010.

Contratado no início da temporada do Athletico-PR por 6 milhões de euros (R$ 28 milhões na época), o atacante chegou badalado, depois de uma disputa com o Corinthians e bom desempenho no Furacão. O começo no Palmeiras, porém, não foi fácil.

Nervoso, não conseguia repetir o nível de atuações do ex-clube. Após a pausa por conta da pandemia do novo coronavírus, os olhares se voltaram para ele, afinal Dudu havia sido negociado, e Rony se tornou a principal opção de velocidade no elenco.

O desempenho, porém, seguia abaixo do esperado. A rota começou a mudar justamente pela Libertadores: depois de 21 partidas, saiu, enfim, o primeiro gol pelo Palmeiras, contra o Bolívar (BOL).

Com Abel Ferreira, Rony passou a se tornar peça fundamental. Virou até centroavante quando a equipe estava desfalcada de Willian e Luiz Adriano e começou a embalar. Seus melhores momentos vieram em exibições na Libertadores.

O jogador que foi muito criticado pelo palmeirense fez o torcedor reclamar com a Conmebol depois do anúncio de que Marinho foi eleito o melhor da Libertadores. Rony Rústico, como o locutor Téo José passou a chamá-lo nas transmissões do SBT, ganhou o Palmeiras e mostrou que, se ele não era o substituto de Dudu de fato, seria o responsável por aquilo que nem o ex-camisa 7 conseguiu: levar o Verdão ao bi da América.

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