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Na China, Oscar exalta Chelsea, relembra papo com Drogba e detalha pandemia

Oscar comemora gol do Shanghai SIPG na Liga dos Campeões da Ásia - AFP PHOTO / Johannes EISELE
Oscar comemora gol do Shanghai SIPG na Liga dos Campeões da Ásia Imagem: AFP PHOTO / Johannes EISELE

Do UOL, em São Paulo

26/01/2021 11h13

Atuando desde 2017 pelo Shanghai SIPG - cujo contrato vai até 2024 -, o meia Oscar revelou que, apesar de estar feliz no futebol chinês, pretende encerrar a carreira no Chelsea, clube onde atuou por quatro temporadas após deixar o Brasil.

Em entrevista ao The Guardian, o brasileiro de 29 anos acredita que ainda vai estar em alto nível quando seu vínculo com os asiáticos acabar, abrindo caminho para um retorno à Londres.

"Não penso em deixar a China agora, há um grande projeto para mim aqui. Mas, para encerrar minha carreira, gostaria de voltar ao Chelsea. Lá construí uma bela história e fui para a Premier League bem jovem, numa época em que os torcedores não confiavam muito nos jogadores brasileiros. Eu ajudei a mudar isso. Estarei um pouco mais velho quando tentar esta mudança de novo, mas, como estou jogando muito bem, com boas estatísticas, sinto que ainda há um lugar para mim no Chelsea", disse Oscar.

O meia ainda revelou uma história curiosa no time inglês. Assim que chegou ao clube, em 2012, recebeu da diretoria a camisa de número 11, marcada por Didier Drogba, que deixou a Inglaterra naquele ano.

Em 2014, o atacante voltou ao Chelsea e, de uma maneira discreta, conversou com Oscar sobre a questão.

"Drogba é um cara supersticioso, eu acho! Ele veio falar comigo e me elogiou muito, dizendo que eu era o jogador certo para a camisa 8. Claro, eu teria feito a mudança mesmo se ele apenas pedisse [para usar a 11], mas esse tipo de confiança me ajudou. Eu disse a ele: 'É o seu número. A mudança já está feita e você nem precisa pedir'", relembrou o brasileiro.

"É como se o coronavírus nem existisse"

Vivendo em Xangai, a maior cidade chinesa em termos de população, o brasileiro deu sua versão sobre a pandemia na China.

Para ele, a população seguiu estritamente as recomendações do governo e ajudou na contenção do surto. Hoje, o dia a dia do meia é "normal".

"Agora é como se o coronavírus nem existisse. Temos uma vida normal. A China fez os esforços certos por seu povo. Sempre achei que a pandemia era uma época de ajuda mútua. Ajudamos outras províncias aqui na China e converso com minha família todos os dias no Brasil, dizendo a eles para continuarem cuidando da saúde", disse ao The Guardian.