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Copa do Brasil - 2020

Atlético-GO se cala, mas Hyuri protesta sobre caso Mari Ferrer

Hyuri, do Atlético-GO, protesta em jogo contra o Inter - Reprodução
Hyuri, do Atlético-GO, protesta em jogo contra o Inter Imagem: Reprodução

Marinho Saldanha e Eder Traskini

Do UOL, em Porto Alegre e Santos (SP)

03/11/2020 23h45

O Atlético-GO foi um dos clubes que, na terça-feira (3), não se manifestou sobre o caso de Mariana Ferrer. Porém, isso não impediu o atacante Hyuri de protestar contra violência de gênero.

Antes do jogo contra o Internacional, hoje (3), o jogador ergueu a mão esquerda, marcada com um X, no gesto que simboliza a luta contra violência às mulheres. Depois da partida, ele explicou a atitude.

"Eu nunca fiz protesto com a ajuda de ninguém, sempre por mim. Depois de tudo que aconteceu hoje, no caso da Mari... Eu tenho esposa, mãe, sobrinha, e este tamanho desrespeito com as mulheres é chocante. Nós todos podemos fazer um pouco mais. Pode parecer complicado fazer isto sozinho, mas cada um deveria fazer a sua parte", disse o jogador.

Vários clubes do futebol brasileiro se manifestaram sobre o caso ao longo do dia de hoje. Com os dizeres "estupro culposo não existe", as equipes se posicionaram em defesa às mulheres. O Atlético-GO publicou uma foto nas redes sociais na manhã de quarta-feira (4). "'Estupro Culposo' Não existe! Estupro é Doloso, é crime!", disse a publicação.

"Jogadores de futebol estão na televisão todos os dias, poderíamos fazer um pouco mais. Cada um tem que fazer mais para melhorar este país", continuou.

O Atlético-GO silenciou. Segundo apurou a reportagem do UOL Esporte, o clube optou por não realizar qualquer manifestação oficial sobre o caso.

"Eu quero dizer que todas as pessoas que se sintam afetadas, façam seus protestos por si, não esperem pelos outros", completou Hyuri.

Em campo, o Atlético-GO perdeu para o Inter por 2 a 1 e foi eliminado da Copa do Brasil.