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Zinho diz que seleção do tetra tinha 'cervejinha e vinho' para alguns

Seleção brasileira em 1994: Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Marcio Santos, Branco; Mazinho, Romario, Dunga, Bebeto, Zinho - Peter Robinson - EMPICS/PA Images via Getty Images
Seleção brasileira em 1994: Taffarel, Jorginho, Aldair, Mauro Silva, Marcio Santos, Branco; Mazinho, Romario, Dunga, Bebeto, Zinho Imagem: Peter Robinson - EMPICS/PA Images via Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

13/10/2020 11h52

Campeão mundial com a seleção brasileira em 1994, Zinho revelou que alguns jogadores daquela equipe tinham privilégios na concentração, como direito a bebidas alcoólicas - de maneira controlada. O ex-atacante disse que o quarto dos 'dinos', isto é, os jogadores mais experientes, contava com esta regalia.

"Na nossa concentração tinha o quarto dos 'dinos', os mais antigos, mas sempre supervisionado pela segurança. Liberavam cerveja, vinho, mas sem exagero. Cada um respeitando a individualidade que as pessoas têm. No geral, o objetivo era o bem da seleção brasileira", disse Zinho em entrevista ao site da ESPN.

O ex-atacante ainda pontuou que os jogadores experientes foram muito importantes para gerir os egos de jogadores como Romário, que não desfrutava das mesmas regalias que tinha em seus clubes na seleção.

"Os jogadores mais experientes, como Dunga, Ricardo Rocha e Branco foram fundamentais para administrar qualquer tipo de ego, vaidade do Romário nas regalias que ele tinha em clube. Na seleção era diferente, eles viveram em 1990 e deram opiniões para que não se repetisse em 1994. A estrela maior era a seleção brasileira. O Romário atendeu, foi certinho",

Tropeços 'importantes' nas eliminatórias

Hoje comentarista dos canais Fox Sports, Zinho ainda destacou que alguns resultados ruins nas eliminatórias - derrota para a Bolívia e empate com o Equador - foram determinantes para unir o grupo e, consequentemente para o título da Copa.

"O grau de amizade, identificação era muito forte, além do talento. Essa identificação de muito tempo jogando junto. Isso foi fundamental para ganhar a Copa de muito bom nível técnico, uma Copa difícil. Muita gente critica, que não foi futebol lindo, eu discordo, nossa seleção ficou invicta: 'Ah, foi nos pênaltis'. Vários jogos de Copa foram para os pênaltis. A Itália era fortíssima", complementou.