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Cruzeiro: dívida de R$ 36,6 milhões com Fifa será última tarefa de conselho

Novo presidente será eleito no dia 21, e conselho gestor deixará o Cruzeiro em junho - Cruzeiro/Divulgação
Novo presidente será eleito no dia 21, e conselho gestor deixará o Cruzeiro em junho Imagem: Cruzeiro/Divulgação

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

04/05/2020 04h00

O mês de maio será o último do Núcleo Dirigente Transitório na administração do Cruzeiro. Antes de deixar o comando da instituição para o futuro presidente, a ser eleito no dia 21, os atuais gestores tem de lidar com uma última pendência: as dívidas na Fifa. A cobrança ultrapassa os R$ 36 milhões.

O Cruzeiro tem três processo contrários abertos na entidade maior do futebol para serem resolvidos em maio. A partir do meio do mês, o clube terá que pagar Al-Wahda, dos Emirados Árabes, Independiente del Valle, do Equador, e Zorya, da Ucrânia. No início do ano, o clube informou que tinha R$ 25 milhões em dívidas na Fifa para serem pagas ainda no primeiro semestre de 2020. Contudo, a disparada do euro aumentou esse montante para R$ 36,6 milhões.

Pelo empréstimo do volante Denílson (2016), o Cruzeiro deve R$ 4,5 milhões ao Al-Wahda. Por Kunty Caicedo, zagueiro que também chegou em 2016, são mais cerca de R$ 5 milhões que não foram pagos ao Independiente del Valle. Por fim, a quantia mais alta é com os ucranianos do Zorya, que negociaram o atacante Willian, em 2013, e ainda precisam receber R$ 10,5 milhões. Juros, impostos e correções aumentam as dívidas para R$ 26 milhões. Esse é o montante que precisa ser negociado até o fim do mês, segundo o clube celeste, que terá que encontrar alguma maneira de quitar as dívidas para não correr o risco de ser punido pela Fifa.

O conselho gestor já está com conversas em andamento para tentar melhores condições para pagar os valores. Na Fifa, porém, isso não será possível, já que a entidade não se mostra favorável e nem flexível a renegociar as dívidas. Recentemente, o clube revelou que o Independiente del Valle aceitou negociar separadamente com a Raposa. Por outro lado, Zorya e Al-Wahda se mostraram irredutíveis quanto ao parcelamento da dívida.

Sem previsão de receitas para as próximas semanas, um dos caminhos que o Cruzeiro pode seguir é pegar um empréstimo bancário. Como a dívida do clube já é muito alta, um obstáculo para ter esse dinheiro seria as garantias a serem dadas para as instituições financeiras. Outra solução do clube é se desfazer de jogadores. Jovens como Mauricio e Cacá já despertaram interesses recentes de outras equipes, mas até então nada foi concretizado.

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