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Renato Gaúcho cobra paralisação do futebol no Brasil e ameaça liderar greve

Renato Gaúcho usando máscara em coletiva como protesto para jogos sendo realizados mesmo com a pandemia do coronavirus - Maxi Franzoi/AGIF
Renato Gaúcho usando máscara em coletiva como protesto para jogos sendo realizados mesmo com a pandemia do coronavirus Imagem: Maxi Franzoi/AGIF

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

15/03/2020 13h35

Renato Gaúcho deu seguimento ao protesto do Grêmio por manutenção dos jogos em meio à pandemia do coronavírus. Depois da vitória em cima do São Luiz-RS, pelo Campeonato Gaúcho, o treinador ameaçou iniciar greve entre jogadores e treinadores no futebol brasileiro. Nas palavras do técnico, todos os campeonatos no Brasil devem ser paralisados imediatamente.

"Não estamos imunes e não adianta fechar os portões. Será que vamos precisar fazer greve?", disse Renato Portaluppi.

O Grêmio entrou em campo com máscaras e afirmou estar no aguardo de uma posição da FGF (Federação Gaúcha de Futebol) em relação ao Gauchão.

"Foi uma homenagem do Grêmio as vítimas do mundo todo do coronavírus. Tá na hora do Grêmio se pronunciar e nossa forma foi essa, colocando as máscaras, para alertar as autoridades que jogador de futebol é gente. Não estamos imunes a qualquer tipo de vírus e não adianta nada fechar os portões. Quer dizer, a torcida fica protegida e dane-se quem joga futebol. Quero saber de quem vai ser a responsabilidade se acontecer algo no futebol. O mundo todo está parado. Será que o futebol brasileiro não tem que parar? Será que vamos precisar fazer uma greve? Acho que não precisamos chegar a esse ponto, então esperamos que as pessoas responsáveis, competentes, tenham bom senso de paralisar os campeonatos. Não adianta parar um estado, mas sim o futebol brasileiro. Não estamos imunes. Se não quiserem parar, cheguem na frente da TV e do rádio e assumam a responsabilidade. Será que terão essa coragem?", comentou Renato.

Mais adiante, na mesma entrevista, o treinador reiterou que pode liderar uma greve no futebol.

"A palavra greve é muito forte, mas eu gosto da minha vida. Será que a gente precisa chegar nesse ponto? É um telefonema e as coisas acontecem no futebol. A gente espera que as autoridades se liguem, entre o bom senso e parem os campeonatos. Isso é o bom senso. Se não, daqui a pouco vai ser pior. Os profissionais vão se negar a entrar em campo. Tenho vários jogadores que estão assustados. Como o jogador entra em campo para jogar futebol?", disse.