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Galiotte, sobre Sampaoli: 'Hoje, a gente pensa em Vanderlei Luxemburgo'

Presidente do Palmeiras lembrou negociação com técnico argentino, mas deu respaldo ao atual técnico da equipe - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Presidente do Palmeiras lembrou negociação com técnico argentino, mas deu respaldo ao atual técnico da equipe Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

04/03/2020 14h54

O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, evitou polemizar hoje a respeito da chegada do técnico Jorge Sampaoli ao Atlético-MG. O clube paulista tentou a contratação do argentino no começo da temporada, mas não chegou a um acordo. No lugar, fechou com Vanderlei Luxemburgo.

"Nós tivemos algumas conversas com o Sampaoli, mas nós não chegamos a um denominador comum. A expectativa do treinador estava muito distante daquilo que a gente tinha planejado, que a gente ofereceu. Então, definimos que não seria possível a contratação, encerramos o contato e continuamos o trabalho — hoje com o Vanderlei Luxemburgo, que é um treinador em que a gente confia muito, que já esteve conosco algumas vezes, coleciona títulos. Hoje a gente pensa em Vanderlei Luxemburgo, ele tem as qualificações que a gente desenhou, determinou, que fizesse o Palmeiras jogar de maneira diferente, ofensiva, com transição rápida. Ele entende da mesma maneira", disse Galiotte, em entrevista à FOX Sports Brasil.

Questionado se a diferença financeira determinou o desfecho da negociação, o presidente alviverde disse que a questão "foi importante".

"A pedida que ele fez na época, que o empresário dele fez, foi muito distante do que a gente entende como razoável. Por isso, encerramos a negociação com ele", completou.

Aposta na base

No Palmeiras de 2020, Luxemburgo e a diretoria estão em sintonia a respeito da montagem do elenco. Diferente do que fez até o ano passado, a equipe tem apostado em nomes da base. Nomes como Gabriel Menino, Patrick de Paula, Alan e Gabriel Veron vem ganhando espaço no elenco.

"O Palmeiras tem sido destaque nos últimos quatro anos nas categorias de base. Temos ótimos recursos e não vínhamos aproveitando. Temos um elenco qualificado, alguns jogadores nós entendemos que o ciclo já tinha terminado (no fim de 2019). Mantivemos a base — 12, 15 jogadores do ano passado estão aqui hoje. A ideia é trabalhar de maneira pontual. Ao invés de ir ao mercado, olhamos para nossas categorias de base. Tanto é que temos os meninos com a gente hoje (na Libertadores)", disse o mandatário alviverde, sem descartar a chance de reforçar o elenco.

"Sempre estava aberta a possibilidade, vamos entender dessa maneira. Estamos em busca de bons nomes para estar compondo nosso elenco, que já é qualificado. É possível a gente contratar outros atletas no decorrer do ano, sim. A gente trabalhou nesse ano utilizando os garotos da base, tivemos a saída de alguns jogadores, a permanência da base do time e contratações pontuais."

Reforços

Um dos nomes que o Palmeiras pretende para 2020 é Daniel Muñoz, lateral direito que atualmente defende o Atlético Nacional. Galiotte diz que a negociação existe, mas que detalhes entre os dois clubes não permitem que o acerto avance — entre eles, uma possível data para que o jogador chegue ao Brasil.

"Existe a conversa pelo Muñoz. A gente fez alguns contatos. Existe a demanda para que ele fique lá pelo menos mais dois ou três meses. Esse é um detalhe importante dessa negociação. Nós estamos tentando. Ele é um jogador que interessa. A gente aguarda as possibilidades, como foi na negociação do Rony. Existe um amadurecimento em cada uma das negociações (...). Estamos trabalhando, buscando as alternativas. É um jogador que nos interessa. Vamos tentar. Se não for possível, vamos buscar outro nome", disse, que não necessariamente liberaria alguém da posição no caso da contratação de Muñoz.

"Liberar ou não depende da comissão técnica. As características são distintas. O que o departamento me solicitou foi uma outra característica de atleta, que dependendo do jogo, vamos precisar. Para pensar em título, precisamos ter um elenco com características distintas, que possa atender no momento em que tenha necessidade, um jogador mais ofensivo, mais defensivo, ou que mescle essas duas características. Não é dizer que precisamos de A ou B, mas que precisamos de um elenco o mais completo possível", acrescentou.

Outro detalhe que pesa na chegada de Muñoz é uma dívida do Palmeiras com o Atlético Nacional pela contratação de Miguel Borja como reforço em 2017. O jogador está atualmente emprestado ao Junior Barranquilla.

"A proposta que nós fizemos contempla uma situação que envolve o Borja. O entendimento do contrato é diferente entre as equipes. Estamos tentando. Essa negociação envolveu um percentual que está aberto do Borja", disse Galiotte, despistando ainda sobre outros reforços.

"Outros nomes, outras situações, são assuntos que a gente precisa aguardar. São assuntos de interesse do clube. A gente não divulga posição, nomes. Enquanto a gente não tem definição, é melhor a gente guardar essa informação."

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