Arsenal e Chelsea reforçam supremacia inglesa na decisão da Liga Europa
Detentora da mais cara liga do futebol mundial, semifinalista na Copa da Rússia com o artilheiro do torneio no elenco. A supremacia da Inglaterra no futebol mundial fica ainda mais evidente nesta semana. Pela primeira vez na história, a mesma nação coloca quatro clubes na final das duas principais competições de clubes do mundo.
Na tarde de hoje, às 16h, Arsenal e Chelsea decidem a Liga Europa - a partida será realizada na cidade de Baku, capital do Azerbaijão, com transmissão da "Fox Sports". No sábado, é a vez da Liga dos Campeões, decidida no duelo entre Liverpool e Tottenham, às 16h, em Madri - com transmissão exclusiva do TNT e pelo aplicativo EI Plus, um dos serviços oferecidos pelo UOL Esporte Clube.
Jogo sem capacidade máxima e com jogador "vetado"
A final da Liga Europa não é o primeiro grande evento esportivo realizado em Baku - existem denúncias que a família Aliev, que governa o país desde a queda do regime soviético, aposta no esporte para limpar sua imagem internacional, arranhada por denúncias de violação de direitos humanos. Desde 2016, a cidade tem uma prova do Mundial de F-1 (disputada em pista de rua). Além disso, já recebeu os Jogos Europeus de 2015 e o Mundial de Judô de 2018. Quando o assunto é futebol, porém, o Azerbaijão ainda é uma incógnita. A cidade está no calendário dos jogos da Eurocopa-2020, mas o jogo desta tarde é o primeiro da elite do futebol de clubes do continente disputada por lá.
Apesar da pompa que o acontecimento inédito carrega, a partida não deve lotar o estádio Olímpico de Baku, com capacidade para 68 mil pessoas. Devido à distância (4.600 km desde Londres) e problemas de logística da capital, Arsenal e Chelsea devolveram parte dos 12 mil ingressos que tinham à disposição para os seus torcedores. A organização ainda busca alternativas para ocupar as cadeiras vazias.
Somado a isso, o atacante armênio Henrikh Mkhitaryan, do Arsenal, não disputará a partida por questões políticas. Armênia e Azerbaijão cortaram as relações diplomáticas e, para ir a campo, Mkhitaryan teria de pedir permissão ao governo do Azerbaijão para atuar. Não o fez, já que ele e o Arsenal consideraram o risco para a integridade pessoal do atleta muito alta - temor justificado após um torcedor com a camisa do Arsenal e o nome do jogador ser abordado por policiais ontem.
Últimos campeões (e mais ricos) ficaram pelo caminho
O efeito histórico da Inglaterra não para por aí. Além dos quatro finalistas das duas competições, outros dois clubes britânicos disputaram as quartas de final da Champions: Manchester City e Manchester United. Em comum, os dois times de Manchester são os dois times mais ricos do país e os últimos campeões britânicos. O City acaba de conquistar, pela segunda vez consecutiva, o título da Premier League. E o United é o último inglês campeão continental, após a conquista da Liga Europa de 2017.
A Inglaterra já havia contado com dois dos seus representantes em uma final dos dois principais torneios europeus, no entanto, em temporadas distintas. Na primeira edição da Copa Uefa - competição que antecedeu a Liga Europa - em 1971/1972, o Tottenham levou o título ao superar o Wolverhamton na decisão. Já na temporada 2007/2008, o Manchester United sagrou-se campeão da Liga dos Campeões ao bater o Chelsea nos pênaltis.
Sobre os dois finalistas, será apenas a segunda vez que os rivais londrinos se encontram em competições europeias. Na primeira, o Chelsea levou a melhor: bateu os Gunners pelas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa de 2004.
Domínio dos clubes, mas poucos ingleses em campo
Apesar da supremacia inglesa nos clubes, curiosamente o domínio inglês entre os jogadores não é tão evidente. Mesmo com quatro times do país, apenas sete jogadores nascidos por lá devem ser titulares nas duas partidas desta semana: Chelsea (Barkley) e Arsenal (Maitland-Niles) tem apenas um atleta inglês apenas entre os prováveis titulares, o Liverpool (Alexander-Arnold e Henderson) tem dois e o Totttenham (Rose, Trippier e Dele Alli), três. É um jogador a mais do que o número de franceses (Kanté, Giroud, Koscielny, Lacazette, Lloris e Sissoko) e dois a mais do que o número de brasileiros (David Luiz, Lucas Moura, Alisson, Fabinho e Firmino).
Quando o assunto é banco de reservas, então, a soma é ainda mais negativa. Nenhum dos quatros clubes conta com treinadores oriundos do país. Na decisão de hoje, o Arsenal conta com o comando do espanhol Unai Emery, enquanto o italiano Maurizio Sarri está à frente do Chelsea. Já na decisão da Champions, o Tottenham é treinado pelo argentino Mauricio Pochettino e o Liverpool tem no seu comando o alemão Jürgen Klopp.
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