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Como Carille acertou defesa do Corinthians na base da "teimosia"

Danilo Avelar e Henrique, junto a Manoel, já foram os titulares mais criticados do Corinthians e agora se ajustam - Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Danilo Avelar e Henrique, junto a Manoel, já foram os titulares mais criticados do Corinthians e agora se ajustam Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Arthur Sandes

Do UOL, em São Paulo

02/04/2019 04h00

Fábio Carille tem arrumado a defesa do Corinthians na base da insistência - ou da "teimosia", a depender de quem avalia. As apostas em Danilo Avelar, Henrique e Manoel foram muito criticadas no começo de 2019, mas os três aos poucos têm melhorado e assim deixam o setor defensivo do Alvinegro cada vez mais sólido.

A melhora se deu com enorme esforço e muitos treinos táticos, é verdade, mas principalmente por persistência. Avelar era alvo de críticas desde 2018 e só ganhou uma segunda chance com o torcedor após marcar o gol de uma vitória sobre o Palmeiras. Henrique e Manoel são julgados com ainda mais severidade e ainda não têm plena confiança da Fiel, principalmente por terem cometido erros individuais.

Em campo, no entanto, a dupla mostra gradual evolução. Mais protegidos e quase sempre com cobertura presente, Henrique e Manoel ficam em menos situações delicadas e, neste cenário, reduzem os erros. Ainda há lances de forte emoção para os torcedores, mas em menor quantidade. Mesmo longe de ser perfeita, no geral a defesa melhorou muito em relação ao começo do ano.

Os treinos específicos para os defensores não são raros no CT Joaquim Grava. Nestas ocasiões, Carille leva laterais e zagueiros para outro campo e, pessoalmente, ajusta detalhes de posicionamento e marcação. No exercício mais frequente, o técnico alinha a defesa na entrada da grande área e então cobra reação rápida a partir de seus próprios movimentos: se ele leva a bola para o meio do campo, a zaga se movimenta para ter compactação; se o treinador ameaça o cruzamento, a linha também precisa estar atenta.

Tais ajustes têm função de aumentar a atenção e o entrosamento dos defensores, que neste ano já sofreram enormemente, por exemplo, com a bola aérea. O problema parece ter sido contornado, mas em 2019 já chegou a custar seis gols sofridos em apenas seis jogos. Há um mês e meio, no auge das dificuldades pelo alto, Carille explicou que via a defesa "ir muito para o lado da bola", por isso tomava vários gols em levantamentos na segunda trave.

Aos poucos, o trabalho mostrou resultado: nos últimos sete jogos, só um gol sofrido saiu em cruzamento - em uma falha de Cássio contra o Santos, no último domingo (31). E os criticados até mostram serviço no ataque: Henrique e Manoel têm dois gols marcados cada um, enquanto Danilo Avelar é o vice-artilheiro corintiano em 2019, com quatro.

Agora com a defesa mais ajustada, o Corinthians treina na tarde de hoje para receber o Ceará às 21h30 (de Brasília) de amanhã, com o placar de 3 a 1 de vantagem na terceira fase da Copa do Brasil.

Manoel e Clayson dão "volta por cima" e definem clássico:

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