São Paulo vence Bragantino sem empolgar e assume a liderança de seu grupo
A atuação do São Paulo hoje à tarde esteve longe de empolgar o torcedor, mas a vitória por 2 a 0 sobre o Bragantino chega em ótima hora para aliviar a pressão sobre a equipe. Pela nona rodada do Campeonato Paulista, o Tricolor contou com gols de Pablo e Arboleda para vencer após cinco partidas e assumir a liderança de seu grupo.
O resultado eleva o São Paulo aos 13 pontos, finalmente de volta à liderança do grupo D do Estadual - Oeste (12 pontos) e Ituano (11) vêm atrás. O time do Morumbi agora tenta manter a posição no sábado (9), quando pega a Ferroviária. Já o Bragantino fica um pouco atrás na luta por classificação na chave C, com dez pontos - três a menos da Ferroviária e quatro a menos que o Corinthians.
Foi bem: Pablo não brinca em serviço
O camisa 12 foi quem mais buscou o gol durante a partida e merece o destaque pela persistência. Em um time que tem muitas dificuldades para criar e às vezes parece inerte em campo, Pablo ao menos mostra gana de arriscar, ainda que às vezes de forma precipitada. Ele finalizou três bolas com perigo no primeiro tempo e, no segundo, esteve no lugar e hora certos na área para fazer seu quarto gol em 2019.
Foi mal: Hernanes aparece muito, mas acerta pouco
O meia havia perdido o confronto com o Red Bull por uma tendinite e voltou hoje com missão de reorganizar o meio-campo. Ficou claro, no entanto, que o Profeta está longe de suas condições físicas ideais. Ele foi a principal opção na armação, mas com erros que não costuma cometer: foi desarmado várias vezes e desperdiçou passes simples. Armou dois bons lances e cobrou uma falta com perigo, é verdade, mas esteve longe do nível que dele se espera.
São Paulo evolui, mas bem devagar
O São Paulo seguiu tendo problemas para criar jogadas de ataque, mas, olhando pelo lado bom, o time mostrou uma evolução tímida em relação às partidas anteriores. Antony e Helinho começaram como boas opções, mas poderiam ser mais utilizados em jogadas individuais. A vitória teve muito mais de insistência do que de supremacia, que não houve. De qualquer forma, já é melhor do que vinha sendo recentemente, e a boa atuação já nos minutos finais pode servir de norte para o futuro.
Bragantino é fiel à retranca e impõe dificuldades
O time da casa não mostrou intenções de pressionar o São Paulo, pelo contrário. Sentindo o adversário em dificuldade, aferrou-se à estratégia de jogar recuado e esperar uma escapada em velocidade. O modelo foi seguido à risca no primeiro tempo, o que dificultou a vida do Tricolor. No segundo o Bragantino voltou um pouquinho mais ousado, mas então sofreu o gol e se perdeu.
Garotos dão velocidade, e São Paulo começa melhor
Antony começou a partida muito à vontade, combinando muito bem com Igor Vinícius e fazendo do lado direito o mais perigoso do São Paulo. Com presença constante na área adversária, o Tricolor chegou duas vezes pelo alto com Pablo, que em seguida também arriscou chute para boa defesa do goleiro Alex Alves.
Bragantino equilibra o jogo sem muito esforço
Sentindo que a temperatura do São Paulo não era muito alta, o time da casa passou a avançar aos poucos para fazer Tiago Volpi trabalhar. Não teve volume de jogo, mas chegou esporadicamente com perigo: primeiro em um chute longo de Wesley (veja acima), depois em um cabeceio de Lázaro após escanteio. Ainda que o Tricolor arriscasse bastante, o Bragantino em nenhum momento esteve dominado, por isso teve condições de reagir de forma controlada.
Mancini muda esquema para ter Diego Souza
A retranca do Bragantino tornou desnecessária a presença de três zagueiros no São Paulo, o que Mancini percebeu cedo e mudou logo no intervalo. Bruno Alves saiu para Diego Souza fazer dupla com Pablo e afundar na defesa adversária, mas a ideia não funcionou imediatamente porque Marcelo Veiga respondeu na hora, trocando um volante por um atacante e ganhando velocidade nas pontas. Seria só depois do primeiro gol que o novo modelo daria mais frutos.
Bragantino volta do intervalo pressionando
O time alvinegro tentou surpreender e abriu a etapa final em cima do São Paulo. Logo aos quatro minutos, a marcação tricolor se perdeu e deixou Wesley completamente livre na segunda trave, mas o meia chutou torto e perdeu a melhor oportunidade da partida até então (veja acima). O Bragantino se manteve no ataque nos lances seguintes, chegando bastante pelos lados do campo, mas sem conseguir acertar o último passe antes da finalização.
Gol tricolor sai quase sem querer
O São Paulo não estava bem no jogo quando Pablo abriu o placar aos 17 minutos do segundo tempo, pelo contrário. O próprio lance do gol não teve muita jogada trabalhada ou estratégia tática: um chutão de Tiago Volpi foi desviado por Diego Souza, bateu nas costas de um zagueiro e então sobrou para Pablo finalizar. De certa forma a intenção de Mancini ao ter dois atacantes funcionou, ainda que por linhas tortas.
Bragantino ensaia reação, mas São Paulo amplia
A vantagem permitiu ao São Paulo trocar de posição com o adversário e passar a jogar pelo contra-ataque. Aí, tudo ficou mais simples. Como o Bragantino era pouco criativo, a postura defensiva tricolor não chegou a ser muito confrontada. Após a única finalização de perigo do Braga, espalmada por Volpi (veja acima), um escanteio rendeu o segundo gol na bola aérea: Arboleda ganhou no alto e ampliou. A partir de então, os minutos finais passaram a ser apenas protocolares porque o Tricolor ficou muito mais confortável.
Ficha técnica
Bragantino 0 x 2 São Paulo
Data: 3 de março de 2019
Local: Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista-SP
Hora: 17h00 (de Brasília)
Árbitro: Rodrigo Guarizo do Amaral
Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Tatiane Sacilotti Camargo
Cartões Amarelos: Buiú, Juliano, Renan Paulino, Magno (Bragantino); Bruno Alves, Igor Vinícius (São Paulo)
Cartão Vermelho: não houve
Gol: Pablo, aos 17', e Arboleda aos 30 minutos do segundo tempo
Bragantino: Alex Alves; Buiú (Itaqui), Lázaro, Juliano e Acácio; Adenilson (Adriano Paulista), Renan Paulino, Magno, Vitinho e Wesley; Matheus Peixoto (Jardel). Técnico: Marcelo Veiga.
São Paulo: Tiago Volpi; Bruno Alves (Diego Souza), Arboleda e Anderson Martins; Igor Vinícius, Luan, Hernanes e Léo; Antony, Helinho (Nenê) e Pablo (Jonatan Gómez). Técnico: Vagner Mancini.
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