Último identificado do incêndio, Samuel é enterrado e parentes se revoltam
O lateral direito Samuel Thomas Rosa foi enterrado nesta segunda-feira (11) em São João do Meriti, na baixada fluminense, sob muita comoção e revolta por parte de seus amigos e familiares. Dezenas de pessoas foram se despedir do garoto de 15 anos, o último a ser identificado após o incêndio que tomou conta do "Ninho do Urubu" na última sexta-feira.
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O calor, a aglomeração de pessoas e a emoção causaram mal estar em parentes de Samuel e ao menos duas pessoas desmaiaram e precisaram de atendimento médico, entre elas a mãe do lateral, Cristina. O pai, Joaquim, inconformado com a perda do filho, não saiu do lado do caixão, que foi carregado até sua urna funerária do cemitério da Vila Rosali sob escolta de um soldado da PM armado com fuzil.
Os tios de Samuel, que jogou no Madureira antes de se transferir ao Flamengo, se mostraram revoltados com o que descreveram como descaso da diretoria rubro-negra em relação à família. "Quando a mãe do Samuel passa mal nós temos que levá-la ao hospital público porque o Flamengo não nos dá nenhuma assistência", afirmou Sebastião Rodrigues, conhecido como Tio Zinho. Ele se emocionou ao lembrar dos dois dias que levaram para seu sobrinho ser identificado no Instituto Médico Legal. "Não nos permitiram ver o corpo dele, nem sabemos se é mesmo ele que está ali."
Os amigos do lateral fizeram uma camiseta em sua homenagem, outros atletas da categoria de base do Flamengo foram se despedir do lateral e membros de torcida organizadas entoaram cânticos de arquibancada e fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao jogador.
Cristiano Esmério, pai do goleiro Christian, de quem Samuel era muito amigo, foi prestar solidariedade à família. Christian também morreu no incêndio no Ninho e foi enterrado no sábado, no Irajá, zona norte do Rio.
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