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TJD-PR adia definição sobre sanções no Atletiba por consulta técnica à FPF

Arena da Baixada: presença de torcedores rivais em Atletiba é motivo de disputa judicial - Site Oficial CAP
Arena da Baixada: presença de torcedores rivais em Atletiba é motivo de disputa judicial Imagem: Site Oficial CAP

Napoleão de Almeida

Colaboração para o UOL

29/01/2019 22h09

A presidência do TJD-PR adiou para esta quarta-feira (30) a decisão sobre os pedidos do Coritiba e da Procuradoria do próprio tribunal por WO, interdição da Arena ou portões fechados para o clássico Atletiba 378, marcado para 21h30 da mesma data. A decisão pode sair horas antes do jogo.

Durante esta terça-feira, o Atletiba esquentou nos bastidores. A partir do pedido do Coritiba para que o Athletico Paranaense determine local específico e carga de 10% dos ingressos para sua torcida na Arena da Baixada, negada pelo dono da casa em nome do projeto de "Torcida Única", os clubes foram discutir a medida no tribunal esportivo.

Em paralelo, a procuradoria do tribunal também abriu pedido para que o Furacão cumprisse a norma, prevista em regulamento. Desde 2018 o Athletico não tem comercializado ingressos com clubes visitantes, exceto em competições da Conmebol, por ordem da confederação continental. A CBF deu aval à medida, mas o Cruzeiro protestou, sem sucesso. Contra o Inter, a ideia de torcida única acabou com briga entre torcedores em um gol do Colorado; já contra o Corinthians, o volume de corintianos presentes à Arena fez com que a Polícia Militar formasse um isolamento improvisado durante o jogo.

O TJD determinou inicialmente que o Athletico abrisse venda e determinasse local específico aos coxas-brancas até as 12h de terça, o que não ocorreu. Durante a tarde, o Coritiba entrou com novo pedido por WO e interdição da Arena da Baixada por conta do descumprimento. A procuradoria do órgão, por sua vez, pediu que a partida seja disputada com portões fechados, pela mesma razão. O presidente do TJD, Adelson Batista, então deu novo prazo para que o Athletico cumprisse a decisão: 21h de terça. A noite chegou e a diretoria atleticana não se manifestou.

O tribunal então prorrogou o prazo para tomada de decisão, dando mais tempo ao Athletico e, principalmente, consultando a FPF sobre as consequências técnicas das decisões a serem tomadas para saber como seria a realização das penas e o efeito disso no campeonato. Em paralelo, o Athletico publicou em seu site uma nota atribuída ao Ministério Público do Paraná, que questiona o poder de decisão do TJD. A nota não estava publicada no site do próprio MP-PR até o final da noite de terça.

Nesta quarta, data do jogo, torcedores de Athletico e Coritiba acordarão sem saber se e como poderão acompanhar a partida. Será o primeiro Atletiba de 2019 e também pode ser o único: em divisões diferentes no Brasileirão, Furacão e Coxa só voltarão a se reencontrar em eventuais finais de turno ou do Estadual ou se o sorteio das oitavas de final da Copa do Brasil direcionar o encontro, caso o Coxa avance até lá - o Athletico, na Libertadores, já tem vaga garantida.