Kanté recusa pagamento em paraíso fiscal e pede "salário normal" ao Chelsea
O Football Leaks, por intermédio do jornal alemão Der Spiegel, revelou os detalhes de mais uma negociação do futebol nesta quarta-feira (14). Na negociação que o levou para o Chelsea, o volante N’Golo Kanté se recusou a receber os direitos de imagem propostos pelo clube em uma empresa sediada na Ilha de Jersey, um dos principais paraísos fiscais do planeta.
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Segundo revelou a publicação em emails trocados entre a diretoria do Chelsea e o assessor fiscal do jogador, o Chelsea queria depositar os 5 milhões de euros líquidos (pouco mais de R$ 21 mi) por intermédio da empresa na Ilha de Jersey, o que faria o clube poupar 1 milhão (R$ 4,28 mi) em impostos, de acordo com o jornal.
Entretanto, a proposta primeiramente aceita passou por uma análise do próprio jogador, que, com o assessor fiscal, mostrou-se relutante com o pagamento no paraíso fiscal.
“Após ler inúmeros artigos de imprensa sobre direitos de imagem e investigações contra jogadores e clubes pelo pagamento de impostos, o N’Golo está cada vez mais preocupado com as condições propostas e com receio de que poderá ser questionado”, enviou por email o assessor ao Chelsea em maio de 2017.
O clube londrino respondeu e disse que o negócio seria “perfeitamente legal”. No entanto, com medo de correr qualquer risco, Kanté impôs à diretoria que queria receber somente “um salário normal”.
As negociações sobre os direitos de imagem se mantiveram e o jogador recebe 20% dos vencimentos anuais – os 5 milhões de euros – propostos anteriormente pelo Chelsea para o volante, um dos destaques do título da França na Copa do Mundo.
Entretanto, o pagamento ocorre na própria empresa aberta pelo jogador na Grã-Bretanha, devidamente legal e taxado no país que o francês vive desde 2015, quando saiu do Caen para defender o Leicester.
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