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Executivos do futebol fazem ação nacional para regulamentar profissão

Galiotte, presidente do Palmeiras, tem Cícero Souza e Mattos como executivos - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/DIvulgação
Galiotte, presidente do Palmeiras, tem Cícero Souza e Mattos como executivos Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/DIvulgação

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

28/09/2018 19h04

Embora já sejam figuras constantes no dia a dia do futebol, os diretores executivos ainda lutam para que a sua profissão seja regulamentada em Brasília. Nomes como o de Alexandre Mattos e Rodrigo Caetano, por exemplo, são tratados como fundamentais nos clubes, mas ainda não têm uma lei específica que sirva como referência.

É para isso que eles criaram uma campanha nacional nesta sexta-feira (28) para divulgar todas as funções cumpridas por esse cargo em diferentes meios de comunicação e redes sociais: "não somos meros contratadores", resumiu ao UOL Esporte o presidente da Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol) e gerente do Palmeiras, Cícero Souza.

Além de conseguirem a regulamentação, eles lutam para a capacitação dos profissionais que ocupam cargos de alta importância nos clubes pelo país, muitas vezes, sem ter o preparo para tal.

"Como presidente da Abex, estou ajudando a construir o texto de lei em caráter de sugestão e aí esperamos para tramitar em Brasília. Hoje, todos os clubes da Série A têm um diretor executivo, mas precisamos estabelecer critérios, definir qualificação e ver qual a graduação que as pessoas desta área precisam ter, mas que a gente consiga ficar consolidado", afirmou Cícero.

"Por vezes, os clubes escolhem um nome de forma aleatória, uma pessoa qualquer. E hoje qualquer um poderia ser o diretor executivo, sem conhecer os regulamentos, as regras, os processos de publicação no BID (Boletim Informativo Diário) e outras atribuições do cargo. São pessoas, personagens que têm uma função, mas não são executivos", completou.

Apesar da campanha, Cícero reconhece que não há prazos para que as discussões tenham um resultado em Brasília e lembra da dificuldade semelhante que os técnicos de futebol sofrem no dia a dia do futebol.

"Os treinadores lançaram a ideia da lei Caio Jr., até antes e eles não tiveram nada colocado em votação. A gente sabe que tem um tempo a se cumprir aí", ponderou. "Hoje em dia, ao menos, é bem diferente como o mercado enxerga a gente. Eles sabem que tomamos decisões racionais e não na emoção. E sabem que isso faz toda a diferença".