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Jornal: destaque russo na Copa, Cheryshev é investigado por suposto doping

Kevin C. Cox/Getty Images
Imagem: Kevin C. Cox/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

08/09/2018 14h58

Principal jogador da surpreendente campanha da Rússia na última Copa do Mundo, o meio-campista Denis Cheryshev está sendo investigado por autoridades espanholas devido a um possível caso de doping. Segundo o jornal inglês The Telegraph, a suspeita se iniciou após uma entrevista do próprio pai do atleta à revista russa Sport Weekend.

Na matéria publicada pelo veículo russo, Dmitri Chreyshev, ex-jogador e atual técnico do FC Nizhny Novgorod, afirmou que seu filho havia tomado uma injeção com "hormônio de crescimento" às vésperas da disputa do Mundial.

A Federação Russa de Futebol informou que o jogador recebeu um tratamento totalmente legal de injeção de plasma rico em plaquetas (PRP). A entidade também acusou os jornalistas de terem "interpretado incorretamente" as falas de Dmitri, o que seria confirmado pela fita da entrevista.

Em resposta, a Sport Weekend manteve a posição. No entanto, disse que não teve intenção nem planejou que fosse entendido literalmente como "hormônio de crescimento", já que Dmitri, na mesma entrevista, também falou "fator de crescimento", outro termo usado para PRP. 

Na última semana, Margarita Pakhnotskaya, diretora geral da agência anti-doping russa, informou que ouviu o jogador e seu pai depois da Copa e enviou um relatório à Agência Espanhola de Proteção à Saúde (Aepsad) e à Agência Mundial Anti-Dopiong (Wada).

Na Espanha desde a infância, Cheryshev foi formado nas categorias de base do Real Madrid. Depois de ser emprestado ao Sevilla, ao Villarreal e ao Valencia, alternou entre esses dois últimos times nas temporadas recentes. Contratado em definitivo pelo Villarreal, em 2016, foi cedido ao Valencia depois da Copa do Mundo.

De acordo com o The Telegraph, o uso de hormônios sob cuidado médico, ainda que não informado às entidades responsáveis, não é considerado uma infração. No entanto, o tratamento sem orientação pode acarretar em suspensão de até quatro anos.