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Grande repercussão faz ex-vice financeiro justificar saída do Cruzeiro

Divino Lima, ex-diretor executivo de finanças do Cruzeiro - Arquivo pessoal
Divino Lima, ex-diretor executivo de finanças do Cruzeiro Imagem: Arquivo pessoal

Do UOL, em Belo Horizonte

16/03/2018 18h26

Na quarta-feira o Cruzeiro ficou sem vice-presidente financeiro. O cargo era ocupado por Divino Lima, que deixou o clube por opção própria. O ex-dirigente celeste usou alguns termos que tiveram grande repercussão entre torcedores e imprensa, como “excesso de transparência”. Diante de tudo o que aconteceu desde sua saída, Divino Lima emitiu um comunicado nesta sexta-feira, justificando os motivos de sua decisão e negando qualquer atrito com o atual comando do Cruzeiro.

Entre os assuntos ligados à saída de Divino Lima, estava um possível atrito pelos valores que envolveram a contratação de Fred. De acordo com o jornal O Tempo, de Belo Horizonte, o clube celeste vai gastar cerca de R$ 83 milhões em três com o atacante. De acordo com a publicação, luvas de R$ 30 milhões serão pagas ao jogador, sendo R$ 10 milhões por ano. Quanto que seria de desconhecimento de Divino Lima. Valores que foram desmentidos pelo antigo vice-presidente financeiro do Cruzeiro.

“Os valores referentes à contratação de atletas, como mencionado falaciosamente e maldosamente por jornal desta capital, são falsos e não correspondem com a realidade. Trata-se de contrato, como os outros, do qual tive amplo acesso e conhecimento, desde o início das tratativas. Não convém aqui informar os valores corretos, que muito divergem daqueles divulgados, por se tratar de questão que envolve a privacidade dos contratantes”.

Divino Lima ainda aproveitou para esclarecer quais foram as divergências com os demais membros da diretoria do Cruzeiro. De acordo com ele, são diferenças na forma de organização, negando qualquer tipo de ação obscura por parte de quem segue no comando do clube.

Leia abaixo a nota de esclarecimento emitida por Divino Lima

Após meu desligamento do Cruzeiro Esporte Clube no dia 14/03/2018, fui surpreendido por sua grande repercussão nas redes sociais e imprensa, principalmente por se tratar de fato absolutamente normal e corriqueiro no ambiente corporativo, ou seja, a alteração de seus quadros.

Atribuo essa repercussão, entretanto, apenas à grandiosidade do Cruzeiro EC.

Porém, diante de algumas notícias falaciosas e mentirosas divulgadas na imprensa, das quais, ao que percebo, pretendem apenas atrapalhar o ótimo clima que hoje prevalece no Cruzeiro Esporte Clube, sinto-me na obrigação moral de esclarecer, de vez por todas, alguns fatos.

1. Em momento algum, meu desligamento teve como motivação a existência, ou mesmo sequer a desconfiança, de ter havido negócios indevidos ou obscuros feitos pela estão atual. Ao contrário, sempre participei e tive acesso a todos os documentos inerentes às obrigações financeiras do Clube assumidas pela atual gestão. Prova disso é que continuarei prestando serviços em parceira com o Cruzeiro EC, e que parte da minha equipe inclusive permaneceu no clube e em cargo de confiança. Portanto, não há o menor sentido nas ilações feitas por parte da imprensa;

2. Os valores referentes à contratação de atletas, como mencionado falaciosamente e maldosamente por jornal desta capital, são falsos e não correspondem com a realidade. Trata-se de contrato, como os outros, do qual tive amplo acesso e conhecimento, desde o início das tratativas. Não convém aqui informar os valores corretos, que muito divergem daqueles divulgados, por se tratar de questão que envolve a privacidade dos contratantes;

3. Divergências a respeito da organização e gestão de qualquer entidade, além de necessárias, são normais e salutares no ambiente corporativo, como evidentemente houve durante meu tempo como gestor. Entretanto, nenhuma destas divergências tem relação direta ou indireta com questionamentos sobre supostas condutas ilícitas ou obscuras. Ao contrário, foi a transparência da minha forma de expressar, em algumas oportunidades, é que talvez tenha causado algumas arestas que serão oportunamente superadas;

Enfim, me retirei do clube por vontade própria e por motivos de foro íntimo, e com a reação de amizade e respeito mantidos com todos aqueles que convivi.

Espero, com esses esclarecimentos, que seja sanada de vez por todas eventuais dúvidas sobre a minha saída, e que a imprensa possa agora se ocupar única exclusivamente daquilo que mais importa e merece ser retratado: a ótima fase vivida pelo nosso Cruzeiro Esporte Clube.